Mulheres líderes: de que forma posso engajar meu time?

  1. Conheça algumas mulheres líderes de sucesso
  2. Perfil para ser uma líder de sucesso
Tempo estimado de leitura: 6 minutos

Por Maria Sartori

No decorrer da história empresarial sempre houve pessoas que deixaram a sua marca. Entre esses nomes, algumas mulheres líderes se destacaram não só por alcançarem o sucesso profissional em diferentes áreas de atuação, mas também por quebrarem barreiras e paradigmas.

Para que você se inspire, neste artigo, apresentaremos algumas dessas mulheres líderes, contando suas trajetórias e feitos. E, no final, traremos dicas de como é possível engajar um time de colaboradores para que você também seja uma gestora de sucesso. Boa leitura!

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Qual é a importância da liderança feminina?

A maior presença feminina em posições de liderança pode gerar uma série de benefícios para as empresas. Começando, é claro, pela diversidade de pensamento, desenvolvendo uma cultura mais inclusiva para que essas profissionais apresentem diferentes perspectivas e ideias para a empresa, o que pode levar a soluções mais criativas e inovadoras.

Leia também: Liderança não tem gênero

Outro ponto importante é a redução das desigualdades de gênero. Ter mais mulheres em cargos de liderança é uma forma de promover a igualdade de gênero e o empoderamento feminino, além de contribuir para a desconstrução de estereótipos e preconceitos.

Esse movimento também é uma adaptação às demandas do mercado. Dentro de um mundo cada vez mais diverso e inclusivo, as empresas precisam estar preparadas para atender às demandas de um público diverso, o que pode ser facilitado pela presença de lideranças femininas.

Além disso, a liderança feminina ajuda a aumentar o engajamento dos profissionais. Afinal, as lideranças femininas podem motivar todos os funcionários, mas especialmente as mulheres, a se sentirem mais representados e motivados na empresa.

Por fim, apoiar a ocupação de cargos de liderança por mulheres é uma forma de promover a igualdade de gênero e o empoderamento feminino, além de contribuir para a desconstrução de estereótipos e preconceitos.

Quais são os desafios da liderança feminina no ambiente corporativo?

Os desafios da liderança feminina no ambiente de trabalho são inúmeros e começam por um comportamento ainda muito comum no ambiente corporativo: a falta de conforto por parte dos profissionais que têm mulheres como líderes.

Segundo um estudo da Ipsos, 3 em cada 10 profissionais brasileiros não se sentem confortáveis com mulheres em cargos mais altos. Esses números mostram porque é tão raro que as mulheres assumam cargos mais altos: apenas 15% das empresas têm mulheres na posição mais alta da hierarquia.

Apesar disso, o cenário tem mudado nos últimos anos e mais mulheres têm assumido posição de liderança. A mesma pesquisa mostra que 93% das empresas no Brasil indicam mulheres para cargos de líderes em suas hierarquias.

Confira também: Faz sentido falar em “estilo feminino” de liderar?

Como desenvolver a liderança feminina em uma empresa?

O que fazer, então, para contribuir com o desenvolvimento da liderança feminina dentro das empresas?

  • Promover a igualdade de oportunidades: é importante garantir que homens e mulheres tenham acesso às mesmas oportunidades de desenvolvimento profissional, incluindo capacitação, treinamento e promoções;
  • Valorizar a diversidade: promover a diversidade de gênero e outras formas de diversidade na equipe pode trazer diferentes perspectivas e ideias para a empresa;
  • Incentivar a participação em redes de mulheres: incentivar a participação em redes de mulheres, como grupos de mentoria e associações profissionais, pode fornecer suporte e orientação para mulheres líderes em potencial;
  • Implementar políticas de equilíbrio entre vida profissional e pessoal: políticas que ajudam a conciliar a vida profissional e pessoal, como flexibilidade de horários e licença-maternidade estendida, podem ajudar a reter talentos femininos na empresa;
  • Identificar e desenvolver talentos femininos: é importante identificar mulheres com potencial para liderança e oferecer oportunidades de desenvolvimento para que possam adquirir habilidades e competências necessárias para se tornarem líderes eficazes;
  • Criar um ambiente inclusivo: promover um ambiente de trabalho inclusivo e respeitoso, livre de preconceitos e estereótipos, é fundamental para encorajar a liderança feminina;
  • Acompanhar e avaliar o progresso: monitorar e avaliar o progresso das mulheres líderes na empresa, oferecendo feedback e orientação para que possam aprimorar suas habilidades e atingir todo o seu potencial.

Conheça algumas mulheres líderes de sucesso

Confira a história de três CEOs que construíram uma trajetória de sucesso no mundo corporativo.

Indra Nooyi

Nascida em 28 de outubro de 1955, Indra Nooyi construiu uma carreira de sucesso como CEO da PepsiCo, a principal fabricante de snacks (salgadinhos) do mundo.

No ano de 2018, Indra completou 12 anos como CEO da empresa. Uma mulher chegar ao alto escalão de uma multinacional já é algo espetacular, mas se torna ímpar em razão do histórico da organização, que só teve cinco CEOs em 53 anos de existência.

Em 2019, quando completará 63 anos de idade, Indra Nooyi deixará o principal cargo da empresa, e entre os vários feitos e prêmios conquistados na sua carreira de sucesso, destacamos o recorde de arrecadação da Pepsico, 63 bilhões em 2017, e o prêmio da Revista Forbes, que a colocou como a 12° na lista das Mulheres Mais Poderosas do Mundo.

Cathy Engelbert

Filha de um gerente de TI e de uma administradora, Cathy Engelbert nasceu em Collingswood, New Jersey, Estados Unidos. Em 1986, ela se formou em contabilidade na Lehigh University.

No mesmo ano ela começou a trabalhar na Deloitte, uma marca mundial focada em serviços de contabilidade, consultoria, auditoria, entre outros. Na empresa, Engelbert passou por diferentes cargos, incluindo:

  • contadora;
  • sócio gestora nacional;
  • vice-diretora nacional

Em 2015, Cathy foi nomeada CEO principal da Deloitte, tornando-se a primeira mulher a comandar uma marca do Big FOUR — grupo das quatro maiores empresas no ramo de consultoria e contabilidade do mundo, EY, PwC, Deloitte e KPMG.

Como CEO da Deloitte, Engelbert conseguiu aumentar os rendimentos da empresa em 6% por ano, chegando a US $ 18,6 bilhões em 2018.

Na época, o The Wall Street Journal descreveu a promoção de Cathy como a quebra do "teto de vidro". 

Maria Teresa Barra

Em 24 de dezembro de 1961, nascia Maria Teresa Makela, que viria a escrever o seu nome na história como CEO de uma das principais montadoras de veículos do mundo.

Filha de um fabricante de moldes, Maria Teresa se interessou pela área de montagem desde cedo. Nos anos 80 ela se tornou bacharel em Engenharia elétrica pela Kettering University.

Já em 1988, ganhou uma bolsa de estudos na Universidade de Stanford, e se tornou Mestre em Administração de empresas.

Nesse período, Maria Teresa já era uma estagiária da General Motors. Com suas formações concluídas, foi alçada a diferentes cargos em variados setores, tais como:

  • recursos humanos;
  • administração;
  • engenharia.

Em 2008, começou a ganhar destaque se tornando Vice-Presidente Global de Engenharia de Produção. Já em 2011, Barra alcançou o cargo de Vice-Presidente Executiva de Produtos Globais de Desenvolvimento.

Em 15 de janeiro de 2014, substituindo Dan Akerson, nome forte da empresa, Maria Teresa Barra se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de CEO de uma montadora mundial.

Em abril do mesmo ano, Maria Teresa foi considerada pela Revista Time como uma das "100 Pessoas Mais Influentes do Mundo."

Perfil para ser uma líder de sucesso

Depois dos exemplos dessas mulheres líderes, confira algumas dicas para também se tornar uma gestora de sucesso.​​

Criando objetivos claros

Sem um direcionamento correto, nem mesmo o melhor profissional consegue entregar um trabalho de qualidade. Por isso, uma das maneiras mais eficazes de engajar colaboradores é criando e repassando objetivos claros.

Quando o funcionário sabe o que precisa fazer, tende a ser mais confiante. E essa confiança é consequência do trabalho do gestor. Se o líder da equipe demonstra transparência e direcionamento ao apresentar os objetivos da empresa, o engajamento coletivo acontece de forma natural, facilitando, assim, o desenvolvimento individual.

Reconhecendo os esforços dos colaboradores

Muitas vezes, um reconhecimento de esforço vale muito mais que uma promessa de promoção ou de aumento de salário.

Embora um plano de carreira também seja uma forma de reconhecer e valorizar o trabalho do colaborador, um elogio sobre uma atividade realizada pode trazer maior engajamento em curto prazo. Afinal, todo profissional gosta de saber que o seu trabalho está sendo prestigiado pela gerência da empresa.

Escutando o que a equipe tem a dizer

A boa comunicação é essencial não só para o engajamento de funcionários, mas também para a conquista de resultados de maneira geral. Se o líder não escuta os seus comandados, dificilmente conseguirá identificar os pontos fracos e fortes da sua equipe.

Como gestor, você precisa entender as necessidades do time e desenvolver ideias para aumentar a satisfação de todos. Esse trabalho é imperativo para que uma estratégia de engajamento seja colocada em prática com eficiência.

Oferecendo formas de aprimoramento

Além do óbvio desenvolvimento profissional, oferecer formas de aprimoramento é uma excelente estratégia para aumentar a motivação das equipes. Se os funcionários melhoram suas técnicas, automaticamente se sentem mais preparados para executar suas funções e entendem essa atitude como uma forma de valorização pessoal.

Basicamente, um conhecimento obtido não pode ser retirado. Assim, quando a instituição oferece cursos de aperfeiçoamento, está dando oportunidades para que o profissional cresça por completo. Com isso, as chances de o trabalhador retribuir com mais dedicação e engajamento são altas.

Dando mais autonomia para os colaboradores

Trabalhar sob forte vigilância não é interessante para nenhum profissional. Por mais que seja importante a presença do gestor junto a sua equipe, é essencial que cada colaborador tenha autonomia para desenvolver sua função.

Aqui, é imperativo encontrar um equilíbrio entre ser participante na rotina do grupo e oferecer a liberdade que todo profissional precisa para trabalhar com qualidade.

Quanto mais o colaborador sente que tem a confiança do seu gestor e autonomia para trabalhar do seu jeito, mais engajado, motivado e efetivo tende a ser. Além disso, se o gestor conseguiu ser claro nos objetivos, não há razão para manter um monitoramento exagerado.

Garantindo um ambiente organizacional favorável

O modo como o trabalhador enxerga o ambiente de trabalho é tão importante para a motivação quanto à relação entre ele e seu gestor. Às vezes, o colaborador não consegue se desenvolver simplesmente por não se sentir bem com o clima organizacional da empresa.

Essa situação demanda muita atenção por parte da liderança. E quanto mais tempo demora a identificação e a mediação do problema, menores são as chances de reversão.

O principal passo para garantir um cenário favorável é contratar pessoas que se identificam com a realidade que a instituição oferece. Algumas características organizacionais podem ser excelentes para certos perfis de profissionais.

Enfim, esperamos que a história dessas mulheres líderes sirva de inspiração e motivação para você seguir os seus sonhos profissionais. Como vimos, quando há perseverança e o conhecimento adequado todo sucesso é possível. Conquistar a confiança de seus liderados e engajá-los em prol do mesmo objetivo é uma ótima maneira para que esse objetivo seja alcançado

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Maria Sartori é Diretora Associada da Robert Half 

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