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Você já se perguntou se o etarismo enfraquece a diversidade? Em uma sociedade que envelhece a cada dia, com aumento da expectativa de vida, essa é uma questão que permeia a gestão das empresas em todas as áreas. Os avanços da medicina, da ciência e da tecnologia vêm, progressivamente, possibilitando que as pessoas vivam mais e melhor. Com isso, é comum perceber que as companhias mantenham profissionais sêniores.

Contudo, o preconceito ainda é algo que precisa ser discutido nas empresas, visto que o etarismo se refere à discriminação e estereotipagem com base na idade, afetando particularmente os profissionais mais experientes e impedindo as organizações de usufruírem de valiosas contribuições desses talentos.

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Neste artigo, vamos abordar se o etarismo enfraquece a diversidade e qual o papel da empresa nesse cenário. Acompanhe!

O que é etarismo

O etarismo é uma forma de discriminação baseada na idade, na qual indivíduos são tratados de maneira injusta ou estereotipada devido à sua idade, seja por serem considerados jovens demais ou velhos demais. 

Essa forma de preconceito pode afetar diferentes aspectos da vida, incluindo o acesso ao emprego, oportunidades de carreira, promoções e percepções sociais, prejudicando assim a igualdade de oportunidades e o respeito pelos direitos de cada indivíduo, independentemente de sua faixa etária.

Nesse cenário, o etarismo representa um obstáculo significativo para o desempenho das empresas, pois impede a utilização plena do potencial e da experiência de profissionais mais velhos. 

Ao limitar o acesso a oportunidades de emprego e progressão na carreira com base na idade, as empresas perdem a oportunidade de aproveitar habilidades especializadas, conhecimento acumulado e perspectivas valiosas que os profissionais mais sêniores podem oferecer. 

Além disso, o etarismo cria um ambiente de trabalho desmotivador, no qual os funcionários podem sentir-se subvalorizados e não engajados, o que impacta negativamente a produtividade e a inovação organizacional. Portanto, ao combater o etarismo, as empresas podem melhorar seu desempenho geral e promover um ambiente de trabalho mais inclusivo e enriquecedor.

Etarismo enfraquece diversidade: um novo cenário a ser desbravado pelas empresas

Sendo um espaço destinado à convivência produtiva e criativa, as empresas podem e devem aproveitar a bagagem de profissionais com mais anos de história. Eles são capazes de obter resultados efetivos tanto quanto outros colaboradores.

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Além disso, contribuem para a formação de equipes multigeracionais, que somam conhecimentos e vivências de várias épocas. Alguém nascido nos anos 1960 tem uma perspectiva totalmente distinta de alguém que nasceu nos anos 2000. Uma pessoa com 60 anos acumula, por exemplo, desde a cultura de trabalhar sem qualquer tecnologia digital de apoio (com jogo de cintura para pesquisar, assimilar e organizar mentalmente dados) até o domínio das mais inovadoras plataformas e dispositivos eletrônicos.

O mercado reflete as mudanças da sociedade, aos poucos

Quando o assunto é se o etarismo enfraquece diversidade, é importante destacar que contratar profissionais com 40 anos ou mais não é “fazer o bem”, mas aceitar um fato comprovado: talento não tem idade. 

Alguém mais velho (ou mais novo) pode ou não ser eficiente, prestativo e dedicado. O preconceito contra a idade, porém, está arraigado na nossa sociedade, sobretudo no ambiente corporativo. Ele se apoia em estereótipos que associam a passagem do tempo a declínio, lentidão e à perda de habilidades. Por vezes, os mais maduros sequer são considerados em um processo de seleção, apesar de terem os requisitos necessários ao cargo.

Recentemente, esse tipo de preconceito ganhou um nome: etarismo. O etarismo é a discriminação dirigida a alguém que julgamos velho demais para alguns desafios, ideias ou comportamentos, descartando-os a priori. 

No mercado de trabalho, o etarismo aparece na forma de atitudes, crenças e até políticas que dificultam ou impedem a contratação, promoção e a valorização de profissionais a partir de uma certa idade.​

Para o bem e para o mal, os RHs estão no centro dessa questão. Ao definir cargos e salários, e dentro de uma posição, quais as responsabilidades, capacidades técnicas e tempo de experiência que o colaborador precisa ter minimamente nessa área, eles podem trabalhar para aumentar ou reduzir o etarismo.

Um dos pontos básicos para combater esse mal é superar o estigma de que os níveis júnior, pleno e sênior estão vinculados a faixas etárias, como muitas organizações costumam fazer. O ideal é que todo profissional seja avaliado pela sua experiência e bagagem, e não pelo seu ano de nascimento.

O papel da empresa no combate ao etarismo

O combate ao etarismo é uma responsabilidade que pode ser assumida por diferentes atores sociais, incluindo as empresas. O papel da empresa no combate ao etarismo é criar um ambiente de trabalho inclusivo, livre de preconceitos e discriminação com base na idade. Aqui estão algumas maneiras pelas quais as empresas podem desempenhar um papel importante nesse sentido. Acompanhe!

Políticas de contratação inclusivas

As empresas podem adotar políticas que promovam a igualdade de oportunidades para candidatos de todas as faixas etárias. Isso pode incluir evitar requisitos de idade discriminatórios nos anúncios de emprego e durante o processo seletivo, garantindo que as decisões de contratação sejam baseadas no mérito e na capacidade de desempenho.

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Sensibilização e treinamento

As empresas podem fornecer treinamento regular sobre conscientização do etarismo para seus funcionários, a fim de promover uma cultura de respeito e inclusão. Isso pode ajudar a combater estereótipos e preconceitos relacionados à idade.

Promoção da diversidade etária

As empresas podem buscar ativamente a diversidade etária em sua força de trabalho, incentivando a contratação de pessoas de diferentes faixas etárias e promovendo a retenção de funcionários em todas as fases de suas carreiras. 

Isso pode ser feito por meio de programas de desenvolvimento profissional, oportunidades de mentorias e planos de sucessão que valorizem a experiência e o conhecimento acumulados ao longo do tempo.

Avaliação justa e reconhecimento

As empresas devem garantir que as avaliações de desempenho e as oportunidades de promoção sejam baseadas em critérios objetivos e não influenciadas por estereótipos relacionados à idade. É importante reconhecer e valorizar as contribuições de todos os funcionários, independentemente de sua idade.

Políticas de aposentadoria flexíveis

As empresas podem considerar a implementação de políticas flexíveis de aposentadoria, permitindo que os funcionários escolham quando e como se aposentar. Isso pode ajudar a reter funcionários experientes por mais tempo e aproveitar sua experiência e conhecimento em benefício da organização.

Ao adotar essas medidas, as empresas podem desempenhar um papel ativo no combate ao etarismo, promovendo uma cultura inclusiva e respeitosa em relação à idade, beneficiando tanto os funcionários quanto a própria organização.

Por qual motivo é importante montar política de inclusão de profissionais sêniores no mercado de trabalho

Quando o assunto é etarismo enfraquece diversidade, montar uma política de inclusão de profissionais sêniores no mercado de trabalho é importante por diversos motivos. Aqui estão algumas razões que destacam a importância dessa iniciativa. Acompanhe!

Valorização da experiência

Profissionais seniores têm uma ampla experiência acumulada ao longo de suas carreiras. Eles possuem conhecimentos e habilidades que podem ser extremamente valiosos para as empresas. Ao criar uma política de inclusão, as organizações reconhecem e valorizam essa experiência, aproveitando-a de maneira produtiva.

Diversidade e perspectivas enriquecedoras

A inclusão de profissionais sêniores promove a diversidade etária dentro da força de trabalho. Essa diversidade traz perspectivas enriquecedoras para a tomada de decisões, estimula a criatividade e contribui para a inovação. A combinação de diferentes gerações no ambiente de trabalho pode gerar soluções mais abrangentes e adaptáveis aos desafios enfrentados pela empresa.

Mentoria e desenvolvimento de talentos

Profissionais seniores têm a oportunidade de atuar como mentores e orientar o desenvolvimento de talentos mais jovens. Essa transferência de conhecimento contribui para a formação de novas gerações de profissionais e para o crescimento da organização como um todo.

Retenção de talentos

Ao criar uma política de inclusão para profissionais sêniores, as empresas demonstram um compromisso com a igualdade de oportunidades e a valorização de todos os funcionários, independentemente da idade. Isso ajuda a criar um ambiente de trabalho mais atrativo, onde os profissionais sêniores se sintam valorizados e motivados a permanecer na empresa por mais tempo, reduzindo o turnover das companhias.

Responsabilidade social e imagem da empresa

A inclusão de profissionais sêniores no mercado de trabalho é uma questão de responsabilidade social. Ao promover a igualdade de oportunidades e combater o etarismo, as empresas contribuem para uma sociedade mais justa e inclusiva. Além disso, essa postura também pode fortalecer a imagem da empresa perante seus stakeholders, demonstrando seu compromisso com a diversidade e a equidade.

Assim, montar uma política de inclusão de profissionais sêniores no mercado de trabalho é importante para aproveitar a experiência valiosa desses profissionais, promover a diversidade, estimular a inovação, desenvolver talentos, reter funcionários e contribuir para uma sociedade mais igualitária.

É bom também lembrar o óbvio: se tudo der certo, todos nós chegaremos à velhice. Valorizar os idosos como gostaríamos de ser valorizados futuramente é uma atitude ética e empática. Ou aceitaremos ser deixados de escanteio lá na frente, só porque não temos mais 20 e tantos anos?

Como vimos ao longo desta leitura, o etarismo enfraquece a diversidade, à medida que o preconceito impede que as organizações se abram para a contratação e manutenção de profissionais com idade mais avançada. Nesse cenário, é dever das empresas criar políticas que possam mitigar esse preconceito e, se bem sucedida, podem usufruir de diversas vantagens, como contar com o comprometimento dos talentos.

Confira pesquisa inédita sobre Etarismo e Inclusão da Diversidade Geracional nas Organizações. Estudo feito em parceria entre a Robert Half e a Labora.