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Por Fernando Mantovani

Desânimo e falta de esperança são dois sentimentos que volta e meia rondam os desempregados, e não sem motivos. Poucos cenários são tão assustadores quanto ficar sem salário, benefícios, férias e tudo o que envolve a rotina de trabalho (colegas, compromissos, etc). Depois de todos os desafios e incertezas trazidos pela inédita sequência de pandemia-Copa do Mundo-eleições, a grande notícia é que 2023 deverá ser um ano promissor para os profissionais qualificados que desejam se recolocar.​

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De acordo com o último Índice de Confiança Robert Half (ICRH), apoiado em uma sondagem nacional realizada em novembro de 2022, os desempregados estão mais confiantes quanto a conquistar um posto de trabalho no primeiro semestre. A soma dos que estão com a confiança muito alta e alta compreende 33% dos profissionais entrevistados. Para 34%, o nível de confiança está médio. Nota-se aí que quase 70% da amostra encontra-se otimista.

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O cenário para 2023 segue favorável, mas é preciso ter planejamento

Mais do que uma atitude positiva frente às adversidades, o otimismo apoia-se em fatos. A taxa de desemprego dos profissionais qualificados, pessoas com 25 anos de idade ou mais e com formação superior, foi de 4% no terceiro trimestre de 2022, conforme dados do IBGE/Pnad. A taxa de desemprego geral, que inclui essa categoria de trabalhadores, foi de 8,7% no mesmo período. Ambas as taxas são as mais baixas desde 2015, comprovando que o mercado de trabalho está em recuperação.

Os ventos estão favoráveis em todas as regiões do País. Segundo o recorte feito no Novo Caged, de Norte a Sul houve queda ou estabilização da taxa de desemprego no terceiro trimestre do último ano. O saldo líquido (admissões menos demissões) foi positivo, totalizando a criação de 29,7 mil novas vagas no período. No mercado de profissionais qualificados permanentes o saldo foi ainda maior, com 43,7 mil empregos.

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Se a tendência de economia aquecida anima a todos, melhor ainda é saber que, em paralelo, os profissionais desempregados estão atentos ao planejamento da carreira e investindo na própria evolução. Afinal, não basta haver vagas abertas, é importante estar preparado para ocupá-las e, por que não, ter condições até de escolher a mais interessante.

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Entre os profissionais ouvidos pelo ICRH, 71% afirmaram ter um planejamento de carreira bem definido. O estudo também detectou que 60% deles possuem fluência ou nível avançado em outro idioma além da língua portuguesa. A preocupação com a língua estrangeira faz todo o sentido. O ICRH aponta que 66% dos entrevistados já perderam oportunidades de emprego pela falta de domínio de uma língua estrangeira.​

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No que se refere a melhorar a qualificação acadêmica durante a busca pelo emprego, apenas 20% das pessoas ouvidas deixaram de fazer esse esforço, que não é pequeno. Nem sempre é possível investir tempo, dinheiro e energia em um momento de orçamento apertado.

Entre os que conseguiram realizar esse investimento, as opções foram por MBA, especialização ou atualização (22%), mestrado ou doutorado acadêmico (4%), cursos de idioma (16%) e cursos gerais, como tecnologia, análise de dados, escrita e oratória (54%).

Empregabilidade requer aprimoramento contínuo

Aprimorar-se sempre foi necessário. Mas estamos em plena Era da Inovação, sujeitos a saltos tecnológicos e movimentos disruptivos a qualquer momento. Para garantir a empregabilidade, e não perder a sintonia com as expectativas do mercado de trabalho, é fundamental ter em mente:

- manter-se atualizado e bem preparado não é apenas um projeto para obter um novo emprego ou promoção. Trata-se de uma questão de sobrevivência profissional;

- o mundo está se transformando cada vez mais rápido, e constantemente, com mudanças tecnológicas, sociais e culturais. Isso quer dizer que um upgrade profissional deve incluir vários temas, de diversidade à ética e tecnologia;

- falar fluentemente inglês continua sendo um dos requisitos mais básicos e esperados pelas empresas. Muitos profissionais talentosos continuam em dívida nesse ponto, o que dificulta o crescimento;

- na hora de escolher um curso, pesquise bastante, veja o que seus pares e líderes estão fazendo ou já fizeram, e busque ajuda de um mentor, se for o caso. Um curso consistente e bem avaliado traz conhecimento, contatos e novas perspectivas.

O investimento na empregabilidade é sempre seguro. Mesmo que o emprego dos sonhos demore a aparecer, apenas quem estiver pronto, com as competências e habilidades em dia, poderá agarrá-lo.

*Fernando Mantovani é diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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