Inovação calculada: como obter sucesso nessa jornada

  1. Um bom plano evita armadilhas e modismos
  2. Envolva os colaboradores do início ao fim
Tempo estimado de leitura: 5 minutos

Por Fernando Mantovani

Inovação é uma das prioridades que entrou para a agenda das empresas e não saiu mais. Sua importância tem razão de ser. Sem inovar é impossível manter-se competitivo ou até mesmo permanecer com as portas abertas. O mundo está em constante transformação, surpreendendo-nos com desafios inéditos o tempo todo. Um produto que atendia bem o consumidor até ontem ou uma cultura organizacional admirada hoje, pode ser descartada em breve se não antecipar, ou ao menos acompanhar, as tendências do mercado.

A pandemia deixou um vasto aprendizado sobre isso. Organizações de todos os portes e tipos de atividade foram obrigadas a se reinventar. Muitas adotaram novas tecnologias, outras modificaram seus processos e métodos, algumas incrementaram as práticas sustentáveis. Fazer diferente tornou-se uma estratégia crucial para lidar com demandas. A necessidade de encontrar formas de manter uma equipe inteira em trabalho remoto ou atender pessoas confinadas em casa são prova disso. O aprimoramento e a expansão do comércio eletrônico, da telemedicina e das plataformas de conferência são exemplos de inovações impulsionadas pelo contexto pandêmico. 

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Vale ressaltar que a inovação não é uma preocupação contemporânea. Ela move a evolução humana desde os nossos primórdios. Avanços pré-históricos, como o passar do uso de artefatos de pedra para instrumentos de metal, representavam mais do que um ganho de eficiência e agilidade. Inovar significava garantir a própria sobrevivência, bem como a perpetuação da espécie que, a cada invenção e descoberta, tinha mais chance de não ser varrida do mapa e de viver melhor.

Por ser literalmente vital, percebo que, algumas vezes, a inovação acaba sendo perseguida a qualquer custo, trazendo mais problemas e prejuízos do que soluções e bons resultados.

Embora organizações e líderes inovadores sejam frequentemente retratados em livros, filmes e séries com um perfil apaixonado, sonhador e intuitivo, um processo de inovação bem-sucedido, a meu ver, requer uma abordagem bastante racional e realista. E dois pilares devem servir de base para essa jornada: planejamento estratégico e engajamento dos colaboradores.
 

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O ICRH monitora o sentimento de recrutadores, profissionais empregados e desempregados com relação ao mercado de trabalho e economia atualmente e para os próximos seis meses.​ ​

Um bom plano evita armadilhas e modismos

Planejar a inovação, estudando previamente as oportunidades, as ameaças e os riscos, definindo metas, prazos e investimentos, entre outros fatores estratégicos, é o primeiro passo. A ideia é preparar-se da melhor forma para maximizar as chances de sucesso e minimizar as margens de erro, que são comuns nesse tipo de movimento.

O ideal é promover a inovação em condições normais de temperatura e pressão, e não durante uma crise, como aconteceu nos últimos anos. Por ser um processo que mobiliza muitos esforços e recursos da empresa, executá-lo junto ao enfrentamento de outras adversidades pode ser complicado. Se não tivéssemos passado por uma pandemia, talvez diria ser até impossível.

Outro cuidado é evitar a tentação de reproduzir projetos inovadores apenas porque estão na moda. Novamente, planejar a transformação desejada, analisando tanto o mercado quanto o perfil da empresa (cultura, porte, atividade, etc), é essencial para trilhar um percurso adequado. A inovação deve estar alinhada às características e aos potenciais específicos de cada corporação. O que funcionou para uma organização, não necessariamente servirá para outra. 

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Envolva os colaboradores do início ao fim

Da concepção à execução, todas as etapas do processo de inovação dependem do engajamento dos colaboradores. Um clima organizacional reconhecido por atributos como empatia, transparência, criatividade e flexibilidade, encoraja os funcionários a darem ideias, assumirem responsabilidades e participarem das mudanças com maior envolvimento.

O inverso também é verdadeiro: um ambiente com hierarquia e regras mais rígidas inibe contribuições que talvez agregassem valor ao processo. Boas soluções resultam de debates, contrapontos e questionamentos feitos por profissionais que se sentem à vontade para expor insights e pensamentos. Além disso, a rigidez tende a tornar a adesão a mudanças mais uma obrigação, aceita por receio de críticas ou retaliações, do que um compromisso genuíno com os rumos da empresa.
 

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No cerne de iniciativas inovadoras que dão certo estão culturas que valorizam o aprendizado, apresentam tolerância a riscos e encaram os erros como acontecimentos normais, que contribuem para o aperfeiçoamento contínuo da organização. Esse tipo de visão possibilita que os colaboradores se engajem mais nas mudanças, já que elas são percebidas como oportunidades de desenvolvimento profissional, além de uma meta da empresa.

*Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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