As pressões no ambiente de trabalho em busca de melhores resultados, propor mudanças efetivas em busca de se destacar, cria um clima propício para que os conflitos corporativos apareçam. Para lidar com eles, é preciso contar com uma equipe resiliente e com uma liderança que conheça muito bem os envolvidos.

As diferenças podem acontecer em todos os níveis organizacionais. O mais comum ocorre entre os próprios colaboradores. Mas diferenças entre empregador e empregado, entre sócios e entre cliente e fornecedor também impedem que os negócios prosperem. 

Esse tipo de conflito está associado a dois fatores: diferença de opiniões e má comunicação.

As principais causas dos conflitos corporativos

De acordo com pesquisa da Universidade de Harvard, 70% dos problemas que ocorrem na empresa têm relação com a comunicação, direta ou indiretamente.

Apesar de haver divergências, elas podem servir para desenvolver as atividades da empresa, fortalecer a equipe e auxiliar o crescimento do profissional, desde que a gestão de conflitos nas organizações seja feita com excelência.

Os conflitos são inevitáveis, mas podem ser benéficos para os negócios. São eles que ajudam a impulsionar mudanças na empresa, desde que os gestores saibam identificar quais disputas são produtivas e quais causam prejuízos.

Gestão de conflito nas empresas

A melhor forma de evitar que as divergências no ambiente de trabalho se tornem um problema é a escolha do pessoal. Cada vez mais desejado em todos os setores, um profissional resiliente conhece seus limites e suas potencialidades. A resiliência é a habilidade de retornar ao estado mental normal após um momento de tensão, como após uma discussão com os chefes ou uma disputa com o fornecedor. 

Identificar essa característica no candidato é tarefa da área de recrutamento e seleção, por meio de perguntas que estimulem o profissional a falar de trabalho sob pressão durante a entrevista e de dinâmicas que incentivam a lidar com a mudança de planos.

Quanto à seleção de lideranças qualificadas, é preciso que, além da resiliência, a pessoa seja capaz de compreender como o profissional resolve adversidades e como se relaciona com seus pares e seus subordinados. 

Assim como escolher com quem trabalhar, escolher um bom sócio para se precaver de disputas futuras é essencial para a empresa atingir seus objetivos. Cada sócio deve ter habilidades e competências para desenvolver a empresa, em uma relação que envolve confiança, interesses e negócios, além de ser essencial alinhar as expectativas, principalmente no caso de um sócio financeiro. É claro que é impossível prever o andamento da parceria, mas uma escolha orientada à realização dos objetivos pode prevenir rupturas traumáticas.

Já no caso de fornecedores, as indicações continuam sendo válidas. As referências permitem que a equipe responsável inicie a relação com mais confiança e com expectativas altas em relação à qualidade do serviço e do produto final. Do lado do fornecedor, é interessante manter a fidelização, fazendo com que o resultado esteja alinhado com as exigências. Também não é possível saber de antemão se haverá problemas, mas é bom lembrar que o interesse mútuo contribui para uma resolução de diferenças adequada de ambos os lados. 

Comunicação no trabalho

No que diz respeito à comunicação, ela deve ser eficiente tanto entre organização e funcionários quanto entre os trabalhadores do local. O chamado endomarketing ou comunicação interna transmite as mensagens e garante a compreensão do colaborador sobre os objetivos da companhia, as novidades em determinadas áreas e até mesmo benefícios empregatícios. Dessa forma, o funcionário trabalha mais comprometido e bem informado, evitando a famosa “rádio peão”, que tende a repercutir informações incertas que podem gerar conflitos. 

A boa comunicação interpessoal, uma das competências comportamentais mais requisitadas no mercado, também é essencial entre todas as pessoas que compõe a empresa. Quem tem facilidade em passar ideias com clareza para que todos possam compreender evita desentendimentos provenientes da falha de comunicação, em situações como uma reunião com o cliente ou na troca de feedbacks com os gestores.

Comunicar-se de forma eficiente permite, ainda, que o colaborador se relacione melhor com os colegas, fornecedores e clientes, desde que tenha postura educada e atenciosa. 

Embora esteja em falta no mercado de trabalho, a figura do líder mediador, que interage com as equipes para evitar que assuntos conflituosos sejam prejudiciais ao trabalho, é uma forma de amenizar a situação. O profissional é capaz de preparar um ambiente onde os colaboradores possam aprender, crescer e ter autonomia, para que as habilidades de trabalhar em equipe e se relacionar sejam aprimoradas.