Por Juliana Porto

Que as mulheres conquistaram o mercado de trabalho, não há dúvidas. Mas esqueça aquela visão da executiva fria e calculista, que não tinha tempo de cuidar dos filhos.
Muitas vão além da licença-maternidade para ficar mais tempo com os filhos.
Se você pretende fazer isso, mas teme pela recolocação, saiba que ela é possível quando planejada. 

“Eu vejo isso acontecer no mercado de trabalho. Hoje, a busca por qualidade de vida só vem crescendo”, disse a gerente de recrutamento da Robert Half, Carolina Cabral.

A preparação para voltar a trabalhar

ENVIE SEU CURRÍCULO

Quando quiser voltar, em primeiro lugar, prepare um novo modelo de currículo destacando a importância desse período sabático profissional e aponte seus projetos e resultados. Também deixe seu LinkedIn em dia e mantenha ativa sua rede de contatos. Isso facilitará e muito o retorno ao trabalho.

A consistência do seu currículo é igualmente importante, lembra Carolina. “Se ela teve uma carreira brilhante, e isso quer dizer, se teve estabilidade ou foi promovida, já é um ponto positivo”, diz. Mas esteja preparada para enfrentar dificuldades. Muitas vezes, durante um processo seletivo, um profissional na ativa pode ter mais vantagens.

Por isso, na entrevista de emprego, é importante mostrar que você está atualizada. Procure estudar o setor ou a empresa para que você passe esta impressão no processo seletivo. Tomar a decisão de uma pausa mais longa exige coragem e determinação. Mas tenha em mente que não é motivo de vergonha ou algo que te diminua. Trata-se de mais uma opção de carreira. A recolocação para retornar ao trabalho virá a seu tempo.

Se você preza por ter mais tempo com seus filhos, na hora do retorno ao mercado de trabalho, é importante optar por companhias mais flexíveis, que oferecem a possibilidade de home office. “A mulher terá a tranquilidade de fechar as coisas e trabalhar de casa em caso de necessidade”, afirma Carolina.

Em setores como varejo e bens de consumo esta alternativa já é bem evoluída, ao passo em que outras áreas como a automobilística esta opção ainda não é uma realidade. Tudo depende, ainda, do perfil de seu futuro gestor.

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* Juliana Porto é jornalista desde 2005 e começou sua carreira escrevendo justamente sobre... carreiras! De lá para cá, já cobriu finanças pessoais, consumo e tecnologia em redações no Rio e São Paulo, mas sempre acaba voltando ao tema com que começou sua vida profissional.