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Por Fernando Mantovani

Em 18 de julho é comemorado o Dia do Estagiário, uma ótima oportunidade para lembrarmos que uma carreira de sucesso sempre começa com um primeiro passo. Gosto de destacar essa data, pois geralmente prestamos muita atenção aos louros da vitória, mas não ao percurso feito para chegar até lá. Um profissional bem-sucedido provavelmente galgou degraus de uma escada íngreme, não sem tropeços, quedas e inúmeros recomeços.

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Investir em sangue novo é necessário

O papel dos novatos em uma organização é fundamental. Quem está iniciando, seja em um estágio ou em um cargo de analista ou assistente, entra com energia, interesse, curiosidade e novos conhecimentos teóricos. E no dia a dia, por esforço próprio e com o apoio de gestores e colegas, enriquece a sua bagagem com experiência, novos aprendizados e networking. É uma troca saudável, necessária e muito produtiva para todos os envolvidos.

O que nem todo mundo se dá conta é que, desde a largada na carreira é possível detectar o potencial de um profissional para cargos de liderança. E mais: desde cedo, é possível também investir nesse talento para que, futuramente, ele brilhe em postos de direção e até na presidência. Há inúmeros exemplos de CEOs que ingressaram em uma organização como estagiários.

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Esse processo não é simples, pois exige que a empresa desenvolva uma cultura de liderança, com ações que incentivem a ascensão profissional de modo consistente e em todos os níveis organizacionais. Competências técnicas e socioemocionais precisam ser contempladas. Graças a isso, mesmo os profissionais que não almejam o topo da hierarquia se sentirão valorizados e estimulados a crescer de acordo com o tamanho de seus sonhos.

Para cultivar novas lideranças é importante trabalhar em duas frentes: na identificação e na valorização de profissionais com perfil promissor, afinal, por diversos motivos, nem todas as pessoas querem se tornar líderes ou têm perfil para gerir pessoas. A identificação requer, principalmente, três esforços. Um deles é a avaliação de desempenho individual. Outro é a análise da performance do profissional diante de metas e objetivos definidos para a equipe: como ele se comporta? Que soluções ele busca? Por fim, é necessário observar sua reação em situações de desafio e de mudanças, pois ambas demandam criatividade, resiliência, flexibilidade e equilíbrio.

A valorização dos funcionários (de todos!) pode ser viabilizada de muitas maneiras. Uma delas é ter um plano de carreira transparente e ético, que deixe bem claro que os caminhos para a evolução profissional dependem do desempenho do colaborador. O plano deve, ainda, contar com perspectivas de crescimento a médio prazo, dado que as novas gerações tendem a ser mais imediatistas.

Outro pilar da valorização são os programas de treinamento que promovam a qualificação dos funcionários constantemente. Por meio de cursos, palestras e similares, as empresas podem não apenas aprimorar um profissional em determinada função, mas também fomentar novos talentos.

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Conheça as qualidades de um líder

Não há uma receita de bolo para ser líder. Cada segmento, cada empresa e até mesmo cada departamento possui uma dinâmica específica e requer gestores com perfis diferentes. No entanto, há algumas características que são básicas em uma boa liderança. Cito, a seguir, alguma delas:

 

  • ter iniciativa – um líder é alguém que gosta de assumir responsabilidades, tomar decisões e agir com autonomia. São profissionais dinâmicos e inquietos, que não esperam soluções de braços cruzados;
  • ser inspirador – as lideranças conseguem engajar suas equipes naturalmente. Um profissional reconhecido e admirado por suas qualidades e performance possui o dom de contagiar positivamente os demais;
  • saber dialogar – falar e ouvir com respeito e empatia é vital para o sucesso de um líder. A boa capacidade de comunicação é o que manterá a equipe à vontade e unida sob os mesmos objetivos;
  • manter-se forte – uma liderança não acontece sem imprevistos, pressão e erros. Conservar o foco e a energia para superar os obstáculos e apresentar soluções, mesmo nos momentos mais difíceis, é indispensável.

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Por fim, vale frisar que o motor de uma trajetória de liderança é algo pessoal e intransferível: ambição. Um líder precisa querer, de verdade, ascender e ocupar um lugar de extrema relevância em uma empresa. E acima de tudo, deve se preparar constantemente para gerir o seu time de forma eficiente. A partir desse desejo e do apoio da organização, muitas conquistas poderão ser alcançadas.

*Fernando Mantovani é Diretor Geral da Robert Half para a América do Sul 

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