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Existem motivos de sobra para entender o que é burnout e como ele afeta as pessoas.

Atualmente, ele afeta 32% da população economicamente ativa. No Brasil, especificamente, o distúrbio está presente em 1 a cada 3 profissionais.

Além de alarmante, a estatística mostra que é hora de dar a devida atenção aos sintomas do burnout e às melhores práticas para combater, abertamente, o problema.

Esse foi, inclusive, o assunto de mais um episódio do nosso podcast, em que recebemos Rui Brandão, CEO e fundador do Zenklub, e a Érika Moraes, Branch Manager da Robert Half. Veja o que falamos a respeito!

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O que é burnout?

Brandão começa analisando o burnout como um “estado de esgotamento nervoso — físico e mental — derivado de condições profissionais”. O CEO da Zenklub também destaca que a condição não acontece da noite para o dia, mas evolui através de três estágios bem definidos:

  • estágio 1: sobrecarga, com um sentimento constante de cansaço, frustração e estresse;
  • estágio 2: evolui a partir do acúmulo dos sintomas acima, causando a mudança de comportamento e hábitos (como alteração no sono, no apetite e no aspecto emocional);
  • estágio 3: é a somatização dos quadros acima, gerando a exaustão física e mental.

O que pode causar a síndrome de burnout?

Vale ficar de olho, contudo, que a síndrome de burnout se sustenta por meio da cronicidade desses sintomas. Não se deve confundir com um caso pontual de estresse, por exemplo.

Daí, a importância em analisar a situação e as circunstâncias em torno da angústia sentida. Porque a somatória de frustrações, relações conflituosas, falta de perspectiva e toxicidade no ambiente de trabalho podem evoluir para esse esgotamento de maneira gradual.

E não pense que isso é difícil de acontecer. Uma recente pesquisa da Robert Half apontou que 49% dos recrutadores ouvidos acreditam que as pessoas vão ficar mais propensas ao burnout ao longo do segundo semestre de 2022. Entre os fatores para isso, esses foram os mais citados:

  • incertezas;
  • cansaço;
  • estresse;
  • retomada para o escritório;
  • incertezas na carreira.

Como enfrentar o problema e resolvê-lo?

Em geral, mudanças podem gerar estresse. A própria volta do home office para o presencial já é um grande exemplo disso. É até por isso que Érika Moraes alerta para a importância de alocar as pessoas nos locais certos. Ou seja: torná-las mais confortáveis em suas áreas e ambientes que melhor se alinhem aos seus perfis, objetivos e necessidades.

Além disso, outras ações podem ser idealizadas para combater o burnout nas empresas. Estratégias para despressurizar o estado emocional e aliviar o estresse na rotina é uma delas.

Também a consideração pela melhor forma de trabalho, entre híbrida, presencial e remota, e a otimização do fluxo de trabalho. Isso tende a reduzir o retrabalho, a pressão de gestores e a frustração de refazer as tarefas ou mesmo de sempre entrar em conflitos desnecessariamente.

E reconhecimento: chega de empresas que cobram, extraem e criticam, mas não oferecem nada em retorno além do que está previsto no contrato de trabalho.

Como o burnout afeta as empresas?

O impacto emocional e físico é nítido nos profissionais que sofrem de burnout — a condição, inclusive, foi reconhecida pela OMS como doença ocupacional.

E isso afeta, portanto, diretamente a rotina da empresa com uma capacidade reduzida de produção, com problemas de relacionamento, com a gestão de tempo, com os resultados, com o alcance de metas… Impacta a empresa de diversas maneiras.

Por isso, cuidar da saúde emocional dos colaboradores não é mais um luxo ou diferencial para organizações diferenciadas — mas uma necessidade. E com isso Rui Brandão conta porque fundou o Zenklub em 2015, focando em soluções para a construção de um ecossistema de desenvolvimento humano e oferecê-las às empresas conforme as suas necessidades.

E se você tem interesse em saber mais sobre o papel do Zenklub e conhecer outros insights que Rui Brandão e Érika Moraes contribuíram sobre o assunto, aproveite para ouvir o episódio do nosso podcast na íntegra!

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Episódio #2: Match Perfeito na contratação - com Paul Ferreira, da FDC, e Mário Custódio

Episódio #3: Guia Salarial - com Leonardo Berto e Vitor Silva

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Episódio #6: Oficeless: desafio para o RH - com Matheus Fonseca, da Movile, e Lucas Nogueira

Episódio #7: Que venha 2022 - com Vittorio Danesi, da Simpress, e Fernando Mantovani

Episódio #8: Diversidade e Inclusão - Denise Brito, da Sodexo Débora Ribeiro

Episódio #9: Mentiras no Currículo - Amanda Adami e Thiago Zuppo (Robert Half)

Episódio #10: Dia Internacional da Mulher - Flavia Alencastro, Maria Sartori (Robert Half) e Tatiana Monteiro de Barros (UniaoBR) 

Episódio #11: Dia Internacional da Felicidade - Érika Moraes (Robert Half) e Renata Rivetti (Reconnect Happines at Work) 

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Episódio #14: Universidades X Mercado de Trabalho - Leo Berto (Robert Half) e Professor Carlos Netto (Mackenzie) 

Episódio #15: Filhos no Curriculo - Michelle Terni (Filhos no Currículo) e Mariana Horno (Robert Half) 

Episódio #16: Síndrome do Impostor - Henrique Bueno (Wholebeing Institute Brasil) e Maria Sartori (Robert Half)

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Episódio #19: O futuro do trabalho  - Daniel Luz (Miranos) e Lucas Nogueira (Robert Half)

Episódio #20: Neurodiversidade - Christine Schroeder (UFRGS) e Debora Ribeiro (Robert Half)

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Lançado em outubro de 2021, o Robert Half Talks está disponível nas principais plataformas de áudio e agregadores de podcasts. Em um bate-papo inteligente e descontraído entre headhunters da companhia e grandes nomes do mercado, o Robert Half Talks será uma atração quinzenal, com o objetivo de levar aos ouvintes discussões relevantes sobre o futuro do trabalho e dicas de como se adaptar a um mundo em constante transformação.

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