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Por Fernando Mantovani

Em um mundo em constante transformação, é importante manter o radar bem calibrado para identificar as necessidades e as expectativas das equipes. Sem lideranças atentas e sensíveis às demandas do seu entorno, enfrentar o desafio de atrair e reter talentos pode se tornar bem complicado durante os próximos meses.

A economia dá sinais de aquecimento e a taxa de desemprego entre os profissionais qualificados (com mais de 25 anos e formação superior) mantém-se baixa, e em queda, há vários meses. A notícia é excelente e indica que o ano deverá ser marcado por uma intensa busca de novas e melhores oportunidades de trabalho.

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Vários fatores atrapalham a atração e retenção

Muitos colaboradores deixam um emprego não pelo descontentamento com a empresa em si, mas por problemas com os seus líderes. Falta de diálogo, de reconhecimento, de flexibilidade – são vários os motivos que prejudicam o entrosamento entre as partes.

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É preciso lembrar que, assim como as mudanças tecnológicas não param, a visão de mundo, os valores e as crenças dos profissionais também mudam rapidamente. ESG, qualidade de vida, saúde mental e diversidade são exemplos de temas que não eram sequer falados até algum tempo atrás. Hoje, estão no topo da agenda global e impactam os rumos das organizações, a opinião pública e a percepção dos trabalhadores sobre empregos que valem a pena ou não para o bolso, o currículo e até para a vida.

Um diferencial da empresa muito valorizado até outro dia, seja academia, plano odontológico, atendimento psicológico, entre outros, pode se tornar obsoleto em breve. Não basta, portanto, oferecer o que há de melhor. É importante entender se essa oferta está realmente alinhada aos anseios dos times. Mais do que isso, é fundamental que as lideranças repensem, periodicamente, o que é esperado pelos profissionais versus o que a companhia faz por eles.

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Diante desse complexo cenário, o que as empresas projetam para 2023? Que tipo de dificuldade elas imaginam encontrar e que soluções têm em mente? Todas essas reflexões são de extrema relevância para garantir que uma organização seja admirada pelo quadro funcional e pelo mercado de trabalho de forma geral. Entretanto, para sair do plano das intenções e conquistar bons resultados, o pulo do gato é contar com lideranças que tenham mais o perfil de capitão do que de técnico do time. Pensei nessa diferenciação inspirado pela Copa do Mundo 2022 e vejo que ela continua pertinente frente ao atual panorama.

Líderes participativos farão a diferença

Enquanto um técnico atua a distância, o capitão entra em campo e está sempre próximo da equipe, participando lado a lado. A seguir, descrevo características essenciais do “líder capitão” e porque elas são estratégicas para manter os liderados motivados e em sintonia com a cultura e as metas da organização.

- Autoridade inspiradora – um bom gestor não precisa jogar em todas as posições, mas precisa saber muito bem como todas elas funcionam para apoiar os profissionais no dia a dia. A sua autoridade não vem da hierarquia, mas de sua experiência e conduta ética.

- Escuta eficiente – a boa comunicação com o time é a base para manter todos alinhados nas horas fáceis e difíceis. Não se trata, porém, apenas de ser talentoso para falar e orientar, mas também da capacidade de escutar e conhecer bem cada integrante da equipe.

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- Aposta na autonomia – lideranças que confiam na equipe contribuem para que ela tenha mais iniciativa e responsabilidade. Esse é um ótimo caminho para todos crescerem juntos, colaboradores e empresa.

Na contramão disso tudo, está a liderança tóxica, que é marcada pela falta de conexão autêntica com os liderados e uma convivência atribulada. O resultado é uma insatisfação generalizada, baixa produtividade e alta rotatividade. Tudo o que ninguém deseja para esse ano, não é mesmo?

*Fernando Mantovani é diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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