Por Juliana Porto

É de entendimento geral que para crescer na carreira é preciso ocupar um cargo de chefia ou de gestão. Mas quem não quer ou não tem perfil para este tipo de função pode, sim, ter uma ascensão profissional, mesmo sem gerir uma equipe.

Esse perfil chamado de profissional especialista ganhou notoriedade no mercado.

O papel de um gestor

Tornar-se chefe sem dúvida é uma promoção, e para algumas pessoas traz status e satisfação pessoal. O salário provavelmente vai aumentar e suas tarefas também. Por outro lado, além de lidar com seu próprio trabalho, é necessário gerir o dos outros, tomar decisões mais complexas e gerenciar conflitos. Não são todas as pessoas que gostariam de assumir este papel. E se você é uma delas, não há nada de mal ou errado nisso.

A carreira em Y

“A ideia é que este profissional especialista possa seguir uma carreira diferente e não estagnar. É possível ser bem sucedido em uma carreira em Y. O profissional precisa ser técnico e conhecer muito bem sua área de atuação”, diz a gerente da Robert Half, Marcela Esteves.

Em empresas com plano de carreira bem definidos,é possível conduzir este tipo de profissional para patamares mais altos - em posições e até mesmo salários equiparáveis a um diretor - sem ser gestor.

O profissional especialista é uma referência dentro das empresas

Esse perfil geralmente são procurados para dar pareceres e ajudar em estudos de longo prazo. A ideia é buscar soluções alternativas no desenvolvimento de produtos, projetos, pesquisas.

Áreas como gestão de projetos e setores como indústria e tecnologia da informação demandam cada vez mais profissionais deste tipo.

Técnicos ainda são escassos no Brasil, mas já são muito valorizados pelas empresas.  Mas para que se destaque nesta função é necessário “dar conta do serviço” sozinho.  Outras características fundamentais são ter uma visão prática do negócio e capacidade de se atualizar com rapidez.

“O profissional especialista, mais do que qualquer outro, tem que realmente gostar do que faz. Ele vai ter que entregar um algo a mais”, lembra Marcela. Isso inclui uma dedicação ainda maior, que passa por cursos, leituras e treinamentos.

Maria Sartori, diretora de recrutamento da Robert Half, fala sobre o assunto no vídeo abaixo:

* Juliana Porto é jornalista desde 2005 e começou sua carreira escrevendo justamente sobre... carreiras! De lá para cá, já cobriu finanças pessoais, consumo e tecnologia em redações no Rio e São Paulo, mas sempre acaba voltando ao tema com que começou sua vida profissional.