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O que acontece quando temos um mercado mais aquecido, taxas de desemprego em queda e um legado pandêmico que deixou as pessoas mais criteriosas em relação à carreira, com a preocupação de melhorar a qualidade de vida e cuidar da saúde mental?

A resposta é óbvia e sua solução, complexa. Aumenta bastante o desafio de contratar talentos, já que muitas empresas estão com mais e novos postos de trabalho abertos e fazendo simultaneamente o movimento de preencher vagas frente a uma escassez de candidatos. Pois é nesse panorama que estamos inseridos neste exato momento.

Mercado está aquecido, mas é preciso atrair o perfil adequado

Os dados do último Índice de Confiança Robert Half (ICRH) confirmam esse cenário desafiador para as empresas. De acordo com o estudo, que ouviu recrutadores, a intenção em realizar contratações está muito alta para 8% das empresas e alta para 22% delas. Note que apenas aí já temos quase um terço da nossa amostra direcionada para fazer admissões muito em breve. Para 32% das companhias, a intenção de contratar é média. E essa intenção fica baixa e muito baixa para 27% e 11%, respectivamente, das organizações que participaram da sondagem.

Se a essa altura parece estranho o tom de alerta do artigo, já que estamos falando de contratar e crescer, é porque muita gente desconhece o fato de que apenas realizar um processo de recrutamento e seleção não necessariamente resolve o problema de preencher vagas. A principal questão gira em torno de como realizar esse processo, de modo a atrair o perfil adequado. Processos que sejam rápidos ou demorados demais provavelmente incorrerão em erros, tal como admitir profissionais com pouca sinergia com a empresa ou, ao contrário, perder candidatos que seriam excelentes para o cargo disponível.

É necessário ter cuidado na hora de contratar

Tanto uma admissão apressada e equivocada quanto a perda de um talento para a concorrência oneram a empresa de várias maneiras. As equipes ficam mais sobrecarregadas, há custos com uma possível demissão e nova contratação, além do desgaste na imagem da organização, que passa a impressão de ser pouco eficiente quando se trata de recompor suas equipes.

Além disso, um recrutamento moroso desmotiva os participantes, que podem desistir no meio do caminho, e dá margem para que outros desligamentos aconteçam, aumentando ainda mais o número de vagas a serem ocupadas.

As boas práticas do recrutamento

Um recrutamento bem-sucedido envolve não apenas etapas, mas cuidados que garantam uma boa evolução e conclusão do processo realizado. O objetivo, de forma geral, é contratar o profissional mais bem preparado e alinhado ao cargo e à cultura da empresa. Para tanto, é fundamental observar os aspectos a seguir:

Transparência

O primeiro passo é também um dos mais importantes: a divulgação da vaga. Caso não seja confidencial, o recrutamento deve ser o mais transparente possível. Somente assim candidatos realmente afinados com as necessidades e as expectativas da organização serão impactados. Um anúncio de vaga presencial que omita o endereço, por exemplo, corre o risco de atrair pessoas que eventualmente moram longe e sequer tiveram a chance de pesar esse fator antes de enviar um currículo.

Objetividade

Informações precisas, diretas e sucintas sobre a empresa (tamanho, presidência, localização, entre outras) bem como sobre o cargo oferecido, facilitam a vida dos candidatos e aceleram os resultados. Com informações completas, os candidatos rapidamente poderão saber se a vaga interessa ou não. De quebra, eles terão uma visão positiva sobre a postura da empresa desde o primeiro contato.

Timing

Planeje o recrutamento para durar, no máximo, um mês, reservando cerca de uma semana para cada etapa (divulgação, seleção, entrevistas, etc). Cogite realizar as etapas iniciais por chamadas de vídeo, pois trata-se de um recurso válido para ganhar agilidade.

Ajuda especializada

As tendências de recrutamento e seleção mudam o tempo todo e exigem novas abordagens para atrair os melhores candidatos. Se a companhia está com dificuldade de realizar o processo, seja por falta de tempo, de pessoal ou de conhecimento e experiência, contratar uma empresa especializada é uma ótima alternativa. Especialistas no assunto garantem que todas as etapas do recrutamento sejam cumpridas com qualidade e eficiência. Há, ainda, a vantagem de ter um “olhar de fora”, que sempre agrega valor a qualquer projeto ou iniciativa.

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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