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Consultas marcadas no pediatra, birras matutinas, excursões, germes, contratempos, festinhas na escola. São apenas alguns dos compromissos e situações que as mães enfrentam ao tentar conciliar o dia a dia com as responsabilidades do trabalho. E, embora as mães sempre queiram estar presentes na vida dos filhos, elas também querem ser indispensáveis no trabalho.

Conciliar a maternidade com as tarefas diárias no trabalho não é fácil, mas a ideia deste artigo é mostrar o outro lado: as lições e as vantagens que a maternidade proporciona para a vida. 

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A principal skill que se desenvolve, ou passa por um processo de aperfeiçoamento, graças à maternidade é a inteligência emocional. Essa é uma das conclusões de uma pesquisa realizada pela Robert Half de acordo com 66% dos participantes. Em segundo lugar vem o senso de urgência (16%), a comunicação e oratória (10%) e o trabalho em equipe (8%). 

Na ocasião do Dia das Mães, celebrado todos os anos no segundo domingo de maio, chamamos 7 colaboradoras da Robert Half Brasil para compartilharem seus depoimentos e dizerem quais as lições e aprendizados que a maternidade trouxe para a vida profissional e pessoal.

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Marcela Galan, Team Leader do escritório ABC, Robert Half

“Flexibilidade e produtividade são as palavras-chave”

A maternidade me ensinou a ser mais produtiva e ainda mais focada no horário dedicado ao trabalho, já que as obrigações familiares demandam horas de dedicação e cuidado que precisam ser conciliadas e fazer parte da rotina diária. Esse equilíbrio de responsabilidades e atividades me tornou uma profissional mais focada, que busca o máximo de rendimento e desempenho possível, que busca gerir bem o tempo, com o objetivo evitar horas desnecessárias de retrabalho e desfrutar das boas oportunidades que um trabalho flexível proporciona.

No trabalho busco sempre descentralizar atividades, aumentar as responsabilidades e atribuições do meu time, de forma que esse aumento de autonomia da equipe distribui o trabalho e acelera o processo de aprendizado das pessoas.

Pessoalmente, trabalho sempre no sentido de equilibrar a vida pessoal e profissional, agindo e tentando extrair o máximo de produtividade possível do time para que através desse equilíbrio e com um bom ambiente, composta por pessoas felizes, produtivas e empáticas, os resultados positivos sejam alcançados dentro e fora da empresa.

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Aline Melo, Recepcionista, Robert Half:

“Força, urgência e amor incondicional”

Aprendi a ser forte, amar intensamente e ser mais sensível. Eu aprendo com elas diariamente, a maternidade é uma troca de aprendizado. Passei a ser mais insegura para protegê-las e, ao mesmo tempo, tenho coragem para enfrentar quaisquer circunstâncias e desafios da vida. Isso tudo por elas! 

Quanto ao trabalho aprendi a priorizar, a ter mais inteligência emocional e a saber aproveitar o tempo da melhor maneira possível. O senso de urgência que as mães possuem ajuda muito a realizarmos um ótimo trabalho. 


Rosangela Spagnol, Supervisora de RH Projetos, Robert Half:

“Ser mãe me permitiu ampliar meu olhar diante das situações e criar uma sensibilidade maior”

Dizem que quando nasce um bebê nasce uma mãe, mas também nasce uma nova mulher e uma nova profissional, cheia de novas habilidades e experiências.

Cuidar de uma ser tão pequeno e frágil nos possibilita ampliarmos nosso olhar diante das situações e criamos uma sensibilidade maior para entender e buscar alternativas.

No meu processo sinto que foi possível desenvolver diversas habilidades como gestão de tempo mais apurado, criatividade, capacidade de negociação, empatia e é claro a gestão de conflitos após o nascimento da minha segunda filha (risos).


Natalia Costa, Supervisora Financeira, Robert Half:

“Planejamento e inteligência emocional”

Que muita coisa muda depois que a gente vira mãe não é segredo para ninguém e algumas dessas coisas mudam a nossa forma de pensar, de agir e de trabalhar.

Planejamento e inteligência emocional, foram habilidades que tiveram grande desenvolvimento na minha vida quando a Isa nasceu.

Depois de ser mãe eu percebi que planejo muito melhor minhas tarefas da semana, mensurando inclusive o tempo que devo dedicar a cada uma delas. Tenho também mais autocontrole em lidar com situações delicadas e de estresse, isso porque uma mãe sabe que as crianças choram, gritam e pedem coisas o tempo inteiro, sem inteligência emocional o único caminho seria jogar tudo para o alto e sair chorando.

Quando nasce um bebê nasce uma mãe que aprende e desenvolve novas habilidades que, com certeza, a ajudam no dia a dia do seu trabalho.

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Juliane Silva, Team Leader de RH Projetos, Robert Half:

“Após me tornar mãe, ganhei muitas versões de mim mesma!”

Muito se fala em como é difícil conciliar carreira e maternidade. Mas me chamou a atenção o tema abordado aqui! E o quanto ganhamos de habilidades que nem sabíamos sermos capazes?

Depois que me tornei mãe, descobri que consigo ser muitas versões de mim mesma!

A que resolve conflitos, a que desenvolve ideias criativas, a que flexibiliza o que antes jurava que jamais flexibilizaria, tudo em prol de um bem maior! 

A maternidade despertou o melhor em mim, em todos os sentidos da vida!


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Vanessa Amorim, Supervisora Administrativa Brasil, Robert Half:

“Sair da zona de conforto e estar em constante crescimento e amadurecimento”

A maternidade me fez ser uma mulher mais resiliente, multifacetada e criativa. As habilidades como: eficiência, organização, planejamento e senso de prioridade afloraram e outras estão em pleno desenvolvimento: inteligência emocional e paciência. O mais importante foi sair da zona de conforto e estar em constante crescimento e amadurecimento.

O dia a dia de uma mãe não é fácil, muitas tarefas a se cumprir: filho, casa, trabalho e muitas vezes esquecemos de cuidar de nós mesmas. Um dia você está insegura, confusa e no outro percebe uma força, uma motivação, um amor incondicional de cuidar e proteger.

A vida de mãe não é perfeita, não é saber tudo, mas estar disposta a aprender e evoluir diariamente. Ser mãe é sinônimo de amor, dedicação, paciência e equilíbrio; é buscar enfrentar os desafios diários com mais leveza e muito amor para ser a melhor mãe que seu filho precisa e merece.


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Ana Crepaldi: Gerente de Executive Search, Robert Half

“As capacidades adquiridas com a maternidade vão muito além dos clichês”

Antes de ter a minha filha, sempre que eu lia algum artigo a respeito de como a maternidade transforma certas competências profissionais das mulheres (e dos homens também, por que não?) eu achava que fazia sentido, mas ainda via o tema com os óculos do clichê. Me vinham à mente intuição, proteção e senso de justiça.

Eu hoje tenho uma filha de menos de 2 anos e trabalho período integral. Faço parte daqueles grupos enormes de mães de WhatsApp, além de trocar ideias com minhas colegas de trabalho que também têm filhos pequenos. As duas situações que observo com mais frequência são:

a) mulheres extremamente práticas, determinadas e organizadas, com maior ou menor rede de apoio, que ficam cansadas, mas tocam o barco como destemidas e enérgicas comandantes de navio;

b) mulheres mais reflexivas que sentem essa jornada como uma espécie de vida dupla, que requer competências completamente diferentes entre si; que nem sempre são tão práticas e têm redes de apoio maiores ou menores.

Estas também são determinadas e tocam o barco como destemidas e enérgicas comandantes de navio (risos). Em ambos os grupos, há um sentimento de que criar estes pequenos humanos é tarefa tão importante ou mais do que o papel profissional que nos faz contribuir com a sociedade. Tudo isso sob uma chuva de inputs contraditórios fornecidos por parentes, médicos, “educadores parentais”, vizinhos, amigos, tias, e especialistas de WhatsApp.    

Me parece natural que mães, "pães" e pais saiam desta experiência com certas capacidades fortalecidas: tomada de decisões na incerteza e sob pressão; habilidade de selecionar informação acurada; foco; planejamento; priorização de projetos; lidar com uma ambiguidade grau mil; gratidão; propósito.

E, para quem não acredita que haja uma correlação entre o uso destas competências em contextos tão diferentes, vale conferir o que mostram inúmeros estudos de Neurociência com uso de imagens de ressonância magnética durante a execução de tarefas: seu cérebro não sabe se você está decidindo em qual pronto-socorro levar seu filho ou o que fazer se a linha de produção parou de repente – as áreas utilizadas são as mesmas. Baita aventura!  


Índice de Confiança Robert Half ​

O ICRH monitora o sentimento de recrutadores, profissionais empregados e desempregados com relação ao mercado de trabalho e economia atualmente e para os próximos seis meses.

 

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