Por Fernando Mantovani

Os reflexos da pandemia dentro das organizações nos têm dado fortes pistas de como será o futuro do trabalho: cada vez mais digital, de ponta a ponta, desde a contratação até a entrega de um produto ou serviço ao cliente. Ainda que a operação não seja 100% migrada para o ambiente on-line, daqui para frente, em algum momento, estaremos trabalhando, negociando ou nos relacionando virtualmente.

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Áreas que têm recebido mais investimento

Para entender esse cenário com mais profundidade, a Robert Half, em parceria com o Insper, lançou o estudo Transformação Digital – Prioridades e Desafios de Empresas no Brasil. Nele, mapeamos que, entre empresas de pequeno porte, as áreas prioritárias para alocação de recursos visando ao desenvolvimento de capacidades digitais são: operações, produção e serviços. Já entre as empresas de médio e grande porte, a prioridade é investir em sistemas de gestão empresarial.

Tecnologias digitais tidas como prioritárias

Quando recortamos o estudo para entender quais tecnologias digitais têm sido vistas como prioritárias, em termos de alocação de recursos para aquisição, implementação e uso, as soluções de computação em nuvem, colaboração virtual e inteligência artificial aparecem como as mais demandadas. Afinal, foram elas as grandes responsáveis pela continuidade das operações, com eficiência e otimização dos processos, mesmo nos períodos mais severos de distanciamento social.

Fator humano: um ponto sensível, que precisa de atenção

O estudo da Robert Half e do Insper aponta que, quando o assunto é transformação digital, apenas 6% das empresas de grande porte priorizam o investimento em recursos humanos e desenvolvimento de competências, o que pode ser um risco. Digo isso por considerar que, quanto mais digital for uma organização, maior será a sua superfície de risco, considerando o aumento da complexidade do ambiente, a crescente profissionalização dos cibercriminosos e as penalidades previstas em normas como a Lei Geral de Proteção de Dados.

Nesse sentido, vale a pena estimular os colaboradores a buscar conhecimento por conta própria. Mas também é importante que as empresas promovam ações de capacitação e conscientização, enquanto fazem uma espécie de auditoria para entender quais profissionais estão mais dispostos a embarcar nessa nova era digital. É o momento, ainda, de avaliar a carga de trabalho dos membros do time, a necessidade de contratação de novos talentos ou da contratação do serviço de um profissional de projetos para ações pontuais ou emergenciais.

A transformação digital é uma excelente via para o negócio conquistar mais flexibilidade, crescimento, estratégia e otimização de custos e da força de trabalho. Mas esses benefícios só serão sentidos quando houver o cruzamento perfeito entre métodos, processos, tecnologias e o fator humano.

* Fernando Mantovani é diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar.

 

Transformação Digital: Prioridades e Desafios de Empresas no Brasil

Estudo produzido pela Robert Half em parceria com Insper, sob a coordenação do professor Edvalter Becker Holz, do Núcleo de Estudos de Comportamento Organizacional e Gestão de Pessoas

Baixe o material completo, gratuitamente, clicando na imagem

Transformação Digital_pesquisa Robert Half e Insper