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Nesse período pandêmico, onde as empresas encaram uma espécie de abalo sísmico na sua forma de agir e de se relacionar, os líderes tiveram de lidar não só com as suas emoções, mas também com as do seu time. De fato, não há precedentes do profundo impacto da pandemia na área de Recursos Humanos e na saúde mental das pessoas. Mas já há quem esteja emergindo desse processo com melhores habilidades, com uma visão diferente das dificuldades e com uma enorme resiliência.

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A importância da resiliência

Mas é importante explicar que ser resiliente hoje em dia não significa apenas seguir em frente apesar dos pesares. Resiliência é a capacidade de se adaptar mesmo a um cenário de extrema incerteza, que muda a todo tempo, e crescer.

Essa resiliência assumiu um papel primordial entre as habilidades mais valorizadas pelo mundo do trabalho. Espera-se muito mais desse profissional, que ele consiga fazer do limão uma limonada, ou que, como uma ostra, possa transformar o incômodo gerado por um grão de areia em uma bela pérola.

Mudança de paradigma

Aceitar as perdas e as mudanças e ver nesse processo o lado positivo não é fácil, mas é o caminho que muitos profissionais trilharam durante a crise do novo coronavírus. O tema foi debatido no podcast Robert Half Talks por duas especialistas no assunto: Jackie de Botton, fundadora e diretora da The School of Life Brasil, referência no ensino da inteligência emocional, e Maria Sartori, diretora de recrutamento da Robert Half. 

Olhando para dentro

Com base nos resultados da pesquisa “Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho”, realizada pela Robert Half em parceria com a The School of Life, elas lembraram que a mesma pandemia que comprometeu a qualidade da saúde mental das pessoas foi, no fim do dia, um dos aspectos mais decisivos para desafiar e impulsionar esses profissionais a crescerem na adversidade.

Segundo o levantamento, a ansiedade atingiu patamares elevadíssimos e o desânimo derrubou o engajamento e a produtividade das empresas. Para se ter uma ideia, 6 em cada 10 profissionais disseram ter aumentado o seu nível de preocupação durante a pandemia. Pudera, até março de 2020, apenas 5% das posições que a Robert Half conduzia eram remotas. A partir disso, de 80% a 100% delas, literalmente, se transformaram em home office da noite para o dia, com todo o impacto de introduzir repentinamente o trabalho na rotina familiar, embaralhando a dinâmica interpessoal cotidiana.

O fator humano

Com o passar do tempo, até a ausência do cafezinho presencial estafou as pessoas. Segundo Maria, esse desânimo reflete o descolamento entre a percepção dos colaboradores e a ação das companhias, mesmo daquelas que estejam se esforçando para reduzir os danos ao bem-estar emocional dos funcionários. De acordo com a pesquisa, apenas 61% deles entendem que o nível de preocupação das empresas com sua saúde mental aumentou.

Mas 39% dos colaboradores não conseguem perceber esse esforço. “Esse gap tem a ver com o propósito. Cada vez mais eles buscam esse propósito, mas não enxergam as empresas conectadas a isso e se sentem frustrados”, explica Maria.

O colaborador no centro da discussão

Jackie de Botton revela um forte aumento recente no interesse por eventos que reforcem o propósito das empresas ou que estejam conectados à saúde mental como tema central e, como desdobramentos, à autocompaixão, ao cuidado e à resiliência. “Resiliência esta que não é a força para encarar o problema, mas a forma como você consegue sair mais fortalecido. É como você aceita as mudanças e cresce apesar do que você perdeu. É abrir espaço para uma coisa nova”, define Jackie.

“A perda não significa necessariamente falta de sucesso”, concorda Maria. Mesmo assim, a perda de engajamento e produtividade estava em 50% das respostas, o que reflete ainda a falta de percepção de muitos de que a dor e a perda podem levar a algo melhor até atingir outro nível de maturidade.

É isso que parece estar mudando. Segundo Maria, antes da pandemia, apenas 5% dos profissionais tinham a coragem e o autoconhecimento para passar bem por isso. Ela estima que agora, depois de tanto tempo, 50% dos profissionais estejam desenvolvendo essa capacidade de adaptação.

Quer saber mais sobre o assunto?

Ouça abaixo a conversa completa

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Episódio #1: ESG: como ele impacta na hora de contratar?

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Robert Half Talks

Lançado em outubro de 2021, o Robert Half Talks está disponível nas principais plataformas de áudio e agregadores de podcasts. Em um bate-papo inteligente e descontraído entre headhunters da companhia e grandes nomes do mercado, o Robert Half Talks será uma atração quinzenal, com o objetivo de levar aos ouvintes discussões relevantes sobre o futuro do trabalho e dicas de como se adaptar a um mundo em constante transformação.

Mais informações sobre o Robert Half Talks você confere em: Podcast: Robert Half Talks | Robert Half

Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho

Estudo produzido pela The School of Life, referência no ensino da inteligência emocional, em parceria com a Robert Half

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Pesquisa TSOL  e TH