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Por Diana Gabanyi e Jackie de Botton, sócias-fundadoras da The School of Life Brasil

A tecnologia, especialmente a inteligência artificial, está melhorando nossas vidas a um ritmo fenomenal. Desde a solução da Deep Mind para questão de proteínas, que pode ser a descoberta científica mais importante dos últimos 100 anos, passando por aplicativos que estão ajudando a estabelecer um governo democrático na África Subsaariana e chegando à velocidade com que o mundo desenvolveu vacinas contra a Covid-19 durante a pandemia, a tecnologia está possibilitando mudanças reais e positivas no mundo.

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E quanto aos humanos? Onde nos encaixamos nesta era de revolução tecnológica intensa? Como evitamos, como o filósofo Henry Thoreau alertou durante a empolgação da primeira Revolução Industrial, que nos tornemos ferramentas das ferramentas que criamos? Poucos discordariam que o progresso tecnológico que vemos hoje seja algo bom, mas a tecnologia também trouxe consigo uma piora de muitos aspectos de nossa vida.

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Obsessão com a vida online

A obsessão com a vida online tem levado algumas pessoas a negligenciar seu bem-estar no mundo real. O fluxo inédito de informações possibilitado pela internet também gerou tribalismo, ódio e uma ampla falta de confiança nos fatos. O uso da tecnologia como uma ferramenta de vigilância violou direitos humanos em muitas partes do mundo. Além disso, o credo do Vale do Silício de “inventar primeiro e consertar depois” transformou muitos de nós em cobaias involuntárias a serviço do retorno em curto prazo do capital de risco.

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Dois fatores críticos da tecnologia: rapidez e sedução

Isso tem acontecido por dois fatores críticos relacionados à tecnologia. Primeiro, ela se desenvolve de maneira assustadoramente rápida e, por mais que nós, como seres humanos, aceleremos o passo, nunca vamos estar lado a lado com ela, apesar das nossas ininterruptas tentativas. Segundo, ela é muito sedutora, nos mantendo na condição de adolescentes apaixonados, que acordam e correm para checar as mensagens instantâneas ou a caixa de e-mail antes mesmo de dar bom dia a quem dorme ao nosso lado.

A solução está no nosso reposicionamento diante da tecnologia

Tudo isso exige que nós nos esforcemos para nos reposicionar em relação a tecnologia. Não para deixar de amá-la, mas para evitar que nos tornemos ferramentas das ferramentas que criamos. É hora de ampliar a discussão sobre como amadurecer o relacionamento com as tecnologias a partir das tendências que estão por vir. Para isso, devemos, sistematicamente, questionar que tipo de seres humanos queremos ser e quais são as tecnologias que podem ajudar nesse propósito.

O tema, como você sabe, é bastante vasto. Por isso, vamos ampliar as nossas perspectivas no evento “Inteligência Emocional e Tecnologia”. O encontro será liderado por David Baker, um dos fundadores da The School of Life no Brasil, membro sênior da nossa sede em Londres e um dos fundadores da revista Wired no Reino Unido. É ele que, há anos, edita a Wired World, publicação que prevê as tendências tecnológicas de cada ano. Esse evento exclusivo, gratuito, online, ao vivo e com tradução simultânea acontece no dia 10 de março, às 18h, pela plataforma Zoom, com realização da The School of Life e apoio da Robert Half. Para se inscrever, clique neste link. Mas vale lembrar que as vagas são limitadas.