
Por Juliana Porto
Você já deve ter ouvido falar em Melissa Meyer, CEO do Yahoo!, ou na Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook. Mas o fato é que a participação de mulheres em TI no mercado mundial ainda é baixa.
No Brasil esse cenário não é tão diferente. A Robert Half realizou um levantamento com 100 CIOs. Deste total 62% eram homens e 38% mulheres. Além da maior participação dos homens nos cargos principais da área, em geral a representatividade das mulheres nos departamentos de TI é muito baixa.
Cerca de 10% dos entrevistados responderam que a participação feminina na área de tecnologia de suas companhias correspondia a um quinto da equipe. De acordo com 22% dos respondentes, esta fatia ficava entre 0 e 9%. As mulheres são maioria na área em apenas 2% das empresas.
O número que ainda é pequeno já foi ainda menor: quase metade dos que responderam disseram que a participação feminina em seus departamentos de TI “aumentou um pouco” nos últimos três anos.
Mulheres em TI, os benefícios para as empresas
Apesar da baixa participação, a atuação feminina no setor é bem-vinda. Na pesquisa, 42% disseram que a atuação de mulheres no segmento traz ideias novas e inovadoras, enquanto 23% mencionaram uma comunicação melhor.
No Vale do Silício, local de origem e sede das principais empresas de tecnologia como Google e Facebook, a preocupação com igualdade de gêneros não é diferente do Brasil e outros lugares do mundo, assim sofre com a baixa participação feminina nas empresas. Nos conselhos de administração das companhias da região, as mulheres ocupam 7% dos assentos, realidade que reflete a baixa ocupação em cargos executivos.
É uníssono entre os especialistas que não há nenhuma diferença na competência entre homens e mulheres. O que determina, no entanto, a maior participação deles no setor e TI é cultural: os homens são muito mais induzidos a gostarem e participarem de mais assuntos relacionados à tecnologia. A igualdade de gêneros no setor pode levar uma geração para que seja alcançada. Cabe aos pais e mães fazer a diferença na educação das meninas para que elas se interessem e se dediquem à tecnologia.
Você também pode gostar de: Vagas para Gerente de TI
* Juliana Porto é jornalista desde 2005 e começou sua carreira escrevendo justamente sobre... carreiras! De lá para cá, já cobriu finanças pessoais, consumo e tecnologia em redações no Rio e São Paulo, mas sempre acaba voltando ao tema com que começou sua vida profissional.