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Neurodiversidade: um assunto que ainda carece de amplo conhecimento geral, do mercado, para inserir-se e ser bem recebido. Afinal de contas, quando falamos em inclusão e acessibilidade, existem excelentes ações e também pouco conhecimento sobre o assunto, como um contrapeso.

Daí, a necessidade de aprofundar e afalar abertamente sobre o tema. É por isso que, em mais um episódio do podcast da Robert Half, nos reunimos com quem tem muito a tratar sobre o assunto.

Como é o caso da Christine da Silva Schröeder, pesquisadora e professora da UFRGS, e da Débora Ribeiro, Gerente de Parcerias Estratégicas da Robert Half. Veja, abaixo, os principais pontos levantados nessa produtiva discussão sobre neurodiversidade!

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Mas, afinal, o que é neurodiversidade?

Embora existam conceituações diversas sobre o assunto, a neurodiversidade pode ser definida a partir do princípio de que as pessoas neurodivergentes não precisam ser tratadas, curadas e tampouco isoladas da sociedade. Elas precisam, sim, de compreensão.

Nesse sentido, Christine da Silva Schröeder, professora da UFRGS, reforça o peso de todas as diferenças que as pessoas carregam em seus próprios cérebros. “Somos todos neurodiversos” porque temos individuais concepções (ainda que similares ou não) de pensar e sentir 

O mesmo vale para quem vive no espectro do autismo e quem é portador de TDAH e dislexia, entre outros. E sabe qual é a importância principal de discutir isso, atualmente? Entre 1 e 2% dos brasileiros se enquadram no autismo — mais ou menos dois milhões de pessoas.

Outro dado curioso e preocupante: 85% dos autistas no país estão afastados do mercado de trabalho, atualmente. Muitas pessoas que poderiam, em vez disso, contribuir com atividades diversas e em qualquer ramo de atuação.

É, portanto, um número elevado de pessoas com potencial para ingressar e inovar no mercado de trabalho. Não havendo, assim, motivos para excluir tanta gente.

Como trabalhar a questão no processo seletivo das empresas?

Débora Ribeiro e Christine da Silva Schröeder entram em consenso quando abordam o processo seletivo de pessoas neurodivergentes: essas características devem ser reconhecidas e respeitadas.

Além disso, é igualmente importante incluí-las por meio de alinhamentos com base nas necessidades que cada profissional possua. Além, é claro, de transparência e conversa para tornar o ambiente de trabalho apropriado, seguro e adaptável aos diferentes perfis de profissionais;

No processo seletivo, exclusivamente, Ribeiro reforça que os recrutadores que compreendem a importância da neurodiversidade conseguem identificar boas oportunidades de concentração.

Por exemplo: pessoas com dificuldade de concentração em ambientes ruidosos (como uma central de atendimento) podem ser muito bem aproveitadas em áreas que não possuam as mesmas particularidades.

Trata-se de entender, compreender e extrair o melhor de cada pessoa. Assim como já deve ser um processo seletivo corporativo.

E em quais áreas elas podem trabalhar?

Mais um consenso entre as participantes desse episódio da Robert Half: a neurodiversidade é uma área que permite às pessoas a oportunidade de trabalhar onde elas quiserem trabalhar. 

Para isso, é claro, as empresas devem demonstrar comprometimento e confiança nos seus colaboradores para incluir mais pessoas e agregar, com isso, novas perspectivas.

E todas as áreas do mercado de trabalho permitem isso.

Ambas apenas destacam, ainda, que é fundamental às empresas a criação de um ambiente seguro para todas as pessoas. E a partir disso contribuir com o desenvolvimento e o aprimoramento das soft skills para cada cargo no qual o colaborador pode ser útil.

E, por fim, existe um alinhamento de ideias entre elas no que diz respeito à abordagem às pessoas em um ambiente neurodiverso: linguagem direta, evitar o uso de ironia e metáforas e objetividade na mensagem.

Como elas bem destacam, o respeito e a compreensão são as palavras-chave para colocar a neurodiversidade em pauta nas empresas, e com eficácia para agregar segurança, inclusão, produtividade e resultado nas empresas.

E você pode aprender ainda mais sobre o assunto, sabia? Além dos pontos discutidos acima, você pode ficar por dentro de tudo o que foi abordado nessa conversa sobre neurodiversidade, basta clicar aqui para ouvir o episódio de nosso podcast na íntegra!

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Episódio #8: Diversidade e Inclusão - Denise Brito, da Sodexo Débora Ribeiro

Episódio #9: Mentiras no Currículo - Amanda Adami e Thiago Zuppo (Robert Half)

Episódio #10: Dia Internacional da Mulher - Flavia Alencastro, Maria Sartori (Robert Half) e Tatiana Monteiro de Barros (UniaoBR) 

Episódio #11: Dia Internacional da Felicidade - Érika Moraes (Robert Half) e Renata Rivetti (Reconnect Happines at Work) 

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Episódio #15: Filhos no Curriculo - Michelle Terni (Filhos no Currículo) e Mariana Horno (Robert Half) 

Episódio #16: Síndrome do Impostor - Henrique Bueno (Wholebeing Institute Brasil) e Maria Sartori (Robert Half)

Episódio #17: Infoxicação - Luciano Pires (Café Brasil) e Vitor Silvério (Robert Half)

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Robert Half Talks

Lançado em outubro de 2021, o Robert Half Talks está disponível nas principais plataformas de áudio e agregadores de podcasts. Em um bate-papo inteligente e descontraído entre headhunters da companhia e grandes nomes do mercado, o Robert Half Talks será uma atração quinzenal, com o objetivo de levar aos ouvintes discussões relevantes sobre o futuro do trabalho e dicas de como se adaptar a um mundo em constante transformação.

Mais informações sobre o Robert Half Talks você confere em: Podcast: Robert Half Talks | Robert Half