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Por Fernando Mantovani

Entregar um produto ou serviço de qualidade, com valor atrativo, já não é o bastante para que uma organização se mantenha competitiva. As pessoas querem investir o dinheiro, a parceria ou a carreira em companhias que estejam no mundo para somar e não apenas para lucrar. Hoje, é esperado que uma empresa agregue valor à vida dos colaboradores, à população, ao planeta e ao meio ambiente.

É por tudo isso que as boas práticas ESG dentro das companhias seguem cada vez mais valorizadas no mundo. Isso tanto por parte dos clientes quanto dos investidores e dos profissionais de talento. Nesse sentido, existe até uma frase interessante atribuída ao presidente americano Joe Biden que diz: “Não me diga o que você valoriza. Mostre-me o seu orçamento e eu direi o que você valoriza.”

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ESG: sustentabilidade no sentido mais amplo da palavra

A sigla ESG significa Environmental, Social and Governance ou Ambiental, Social e Governança (ASG, na tradução para o português). Na prática, é um conceito que serve como bússola para direcionar as ações das organizações no quesito sustentabilidade. Mas veja que, aqui, não falamos apenas da preocupação com o meio ambiente. As boas práticas devem englobar também a qualidade das relações e das ações da companhia em prol de funcionários, fornecedores, sociedade, grupos minorizados e públicos diversos, além da prevenção e combate à fraude e corrupção.

De que forma a ESG pode ajudar na atração e retenção de talentos?

As pessoas querem trabalhar em organizações que lhes deem orgulho, pois valorizam estampar a marca das empresas no currículo. Aliás, ter orgulho da organização na qual atua é o principal gerador de felicidade no trabalho para os colaboradores no mundo, conforme mapeamos aqui na Robert Half durante a produção do estudo Chegou a Hora de Ser Feliz no Trabalho.

Como sabemos, essa sensação de realização tende a beneficiar o negócio com produtividade, engajamento e lealdade por parte dos profissionais. E, para conquistar credibilidade e respeito diante dos profissionais de talento, cada vez mais disputados no mercado, as boas práticas em ESG podem ser um bom caminho.

Por onde a sua organização pode começar a ser mais sustentável

Aqui na Robert Half começamos a construir nossa reputação aos poucos - com passos sólidos e contínuos - e bem antes da formalização da sigla ESG. A companhia foi fundada com a missão de ajudar as pessoas a encontrar um trabalho gratificante e as empresas a encontrar o talento certo para expandir os negócios, sempre com acordos guiados por altos padrões éticos.

Ano a ano fomos expandindo os nossos compromissos, dentro e fora da companhia. A Política Global de Direitos Humanos da Robert Half formaliza nosso compromisso de longa data em respeitar e defender os direitos humanos para todos. Nossa política decorre das práticas comerciais da empresa, que têm sido guiadas pelo lema "Ética Em Primeiro Lugar" desde nossa fundação, há mais de 70 anos. Além disso, incorpora princípios refletidos no Pacto Global das Nações Unidas e nas leis de cada país em que atuamos. Também temos uma cultura inclusiva, respeitamos a diversidade, somos voluntários em ações filantrópicas, apoiamos causas de proteção ao meio ambiente e promovemos a equidade de gênero em todos os níveis hierárquicos.

Aproximação por afinidade: nosso maior ganho

As iniciativas citadas renderam notoriedade à Robert Half e reconhecimentos internacionais que, obviamente, são ótimos para os nossos negócios. Mas, mais do que isso, a cada ação fortalecemos a nossa musculatura como empresa responsável, enraizamos isso no nosso DNA, cascateamos esse conceito para os profissionais que mantêm contato com a empresa e, de uma maneira bastante natural, vamos atraindo e buscando clientes, fornecedores, parceiros e colaboradores que se importam com o que nós nos importamos: fazer a diferença.

Por experiência própria eu sugiro: inclua a sua empresa na Era ESG o quanto antes. Não fazer parte dela é andar na direção oposta dos desejos e das necessidades das pessoas e do mundo.

* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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