Por André Bambini

Uma das profissões que estão em alta no momento atual é o profissional especializado na área de compliance.

Observa-se que, ainda que existam profissionais formados em administração, engenharia, ciências contábeis e até letras que exerçam a função do compliance com excelente desempenho, é de suma importância a formação jurídica para tanto.

Isto porque, para o compliance é indispensável o conhecimento da lei, e saber aplicá-la, ainda que exista uma diversidade de atuação neste segmento, como elaboração de manuais, treinamentos, e avaliação de riscos.

Mas por que este movimento do compliance está acontecendo no Brasil?

O histórico político, atrelado ao avanço dos negócios, fez a área alavancar nos últimos tempos, o que gerou visibilidade para os profissionais.

Além disto, a evidência destes experts trouxe um aumento significativo no número de pessoas que querem se especializar, e até adquirir a certificação CCEPI - Certified Compliance & Ethics Professional-International - certificação que reconhece que o profissional possui conhecimento suficiente em processos de compliance para auxiliar organizações a cumprir com suas obrigações legais.

De uma forma geral, o compliance é responsável por analisar todos os processos que fazem parte do dia-a-dia das empresas e, a partir disto, apontar os riscos com o objetivo de melhorar estes processos e, principalmente, cuidar para que não exista fraude ou outro fato que possa influenciar de forma negativa sua atividade.

Este processo implica em apurar e controlar os ricos dos processos.

Caberá, ainda, à atividade do compliance, escrever o manual de conduta, que deverá sempre obedecer a ética e os valores internos da organização.

Nesta etapa da atividade, vale destacar a atuação dos profissionais com formação em Marketing ou Letras, que conseguem contribuir para a boa redação dos manuais que resultará em sua compreensão.

Neste cenário, a área de compliance também é responsável pelo treinamento dos colaboradores da companhia, visando a conscientizar cada um deles a cumprir todas as regras internas com base na ética e valores.

E qual o maior desafio diante de tudo isto?

O maior desafio do compliance é conscientizar o quadro de funcionários, pois isto implica em disseminar a cultura da ética, boas práticas e valores internos.

E o que isto implica na vida fora da empresa?

Se por um lado o compliance contribui com a atividade das empresas, por atenuar os ricos inerentes à sua atuação, do lado de fora, na vida social, contribui de forma positiva para o convívio social, pois forma cidadãos pautados na ética, na moral e bons costumes. 

* André Bambini é especialista em recrutamento para a área Jurídica da Robert Half