* Por Fernando Mantovani

As ações e os projetos dentro de uma empresa passam, em algum momento, por pessoas e, consequentemente, por suas habilidades manuais e intelectuais. Por isso é fundamental que a empresa se preocupe com a saúde de seus colaboradores. Só assim se garante que essas mentes e corpos estejam em perfeito funcionamento.

Hoje, de uma forma bastante particular, o bem-estar físico dos colaboradores tem entrado na pauta dos líderes e deve gerar muitas iniciativas no Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril. Mas precisamos adotar uma visão mais expandida sobre esse tema, considerando, também, o equilíbrio emocional dessas pessoas.

Envie sua vaga

Dez motivos para investir na saúde dos colaboradores

Quando a Robert Half produziu o estudo Chegou a Hora de Ser Feliz no Trabalho, pude ter uma proximidade maior com as boas ideias de Nick Marks, fundador da Happiness Works, organização que foi nossa parceira na produção do estudo. Na ocasião, ele foi muito enfático ao afirmar sobre o quanto é importante ter profissionais felizes trabalhando na equipe e que a saúde tem ligação direta com essa felicidade.

Ao ouví-lo, é possível concluir que o bem-estar de um colaborador gera à organização, no mínimo, dez benefícios:

  • melhora no relacionamento entre os membros da equipe;
  • melhora no atendimento aos clientes;
  • melhores resultados de negócio;
  • mais qualidade nas entregas;
  • atração de novos talentos;
  • redução do absenteísmo;
  • retenção de profissionais;
  • menos rotatividade;
  • mais engajamento;
  • mais resiliência.

Saúde mental nas empresas: preocupação para os líderes e incômodo para os liderados

Nesse período de pandemia, 32% dos profissionais entrevistados pela Robert Half para o 15º ICRH afirmaram que o impacto na saúde mental foi o principal responsável pela piora do equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Do ponto de vista de 28% dos líderes entrevistados pelo mesmo estudo, o bem-estar da mente dos colaboradores figura como o principal desafio de gestão em 2021, à frente do desenvolvimento, da retenção e da atração de profissionais. 

Bem-estar do colaborador: como as empresas podem colaborar

Considero que este período de trabalho remoto pede uma gestão mais empática e menos sufocante. É importante que o líder se mantenha mais próximo dos colaboradores para entender os desejos, as necessidades, as dificuldades e as expectativas de cada um. Entendo que, em muitos casos, devido a situações financeiras específicas, fica difícil ter um programa mais estruturado de bem-estar. Mas a empresa pode dar um primeiro passo com conversas individuais, happy hours virtuais ou simplesmente estimulando o cumprimento das pausas e do horário de expediente ou mantendo atenção às possíveis sobrecargas.

Aqui na Robert Half, temos um Programa de Qualidade de Vida que contempla todos os colaboradores, com ações que visam proteger ou melhorar a saúde física e mental da nossa equipe. Além de assistência médica e odontológica, a iniciativa inclui ações com psicólogos e nutricionistas. Também investimos em treinamento postural, exercícios físicos on-line e rodas de conversas e webinars sobre saúde e bem-estar. Os três participantes mais assíduos nessas atividades coletivas são premiados com vale-presentes.

Muito do que as pessoas têm buscado no mercado de trabalho são empresas humanizadas. Aquelas que entendem que, por mais que a tecnologia evolua, a força física, mental e emocional dos colaboradores ainda é necessária e impactam na qualidade dos resultados. Ao sentirem que isso é valorizado, a tendência é que essas pessoas retribuam com engajamento e lealdade.

Tente. Como gestor, eu garanto que dificilmente você irá se arrepender.

Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

Wellness X Wellbeing