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Como demitir um funcionário sem constrangimentos? Dispensar um funcionário não é fácil ou confortável para o gestor e menos ainda para o colaborador que perde o emprego. Ambos sabem o que está em jogo quando essa decisão é tomada — afinal, todos precisam se sustentar e pagar contas. Alguns têm família, filhos e outras responsabilidades. No entanto, algumas substituições precisam acontecer. Mas tenha em mente que não existe um texto pronto para demitir um funcionário, cada caso é um caso. 

É necessário ter em mente que, a depender da postura que o gestor assume, a experiência pode se tornar menos traumática. O objetivo deste post é justamente informar como demitir um funcionário sem causar constrangimentos. Ao ler o texto, você conhecerá alguns motivos pelos quais um funcionário pode ser demitido. Ainda, verá como isso pode ser feito da melhor maneira possível e também aquilo que deve ser evitado nesse momento tão delicado.

Continue a leitura deste conteúdo para conferir algumas dicas que agregarão valor à relação entre gestores e funcionários (mesmo em uma hora difícil como essa), e também ao restante da equipe.

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Por que é tão importante tomar alguns cuidados no momento de demitir um funcionário?

Não é incomum ter-se a ideia que o mau desempenho de um funcionário diga respeito apenas a ele. Se há atrasos frequentes na chegada ou mesmo faltas injustificadas, descumprimento de prazos e baixa produtividade, não é somente o colaborador em questão que será afetado.

É nesse ponto que provavelmente seja preciso uma intervenção e muitas vezes isso significa demitir o funcionário descuidado. Uma das principais razões disso ser tão importante é o prejuízo trazido ao restante do time, por conta do comportamento inadequado de apenas uma pessoa.

Um clima organizacional ruim pode se instalar e não é para menos: com entregas em atraso e um rendimento ruim de um membro da equipe, todos são afetados. Frente a uma avaliação de desempenho anual, por exemplo, todos podem se sair ruins, ainda que tenham feito um bom trabalho.

Como forma de evitar que isso aconteça, um desligamento pode ser necessário e essa árdua tarefa caberá ao gestor da equipe. Tão importante quanto reconhecer o momento certo de fazer isso é fazê-lo de uma forma que não ocorram traumas. Se um dos fatores descritos a seguir acontece dentro de sua equipe, talvez seja o momento de ligar o alerta quanto à permanência de um funcionário improdutivo na empresa.

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Quais os motivos para considerar uma demissão necessária?

Em todas as empresas, é normal que exista a rotatividade de colaboradores. Os motivos para isso acontecer podem ser inúmeros, mas geralmente partem de uma conduta inadequada ou de um não cumprimento às diretrizes da companhia. O desempenho insuficiente também pode ser um grande motivador para a dispensa.

Sendo assim, podemos elencar alguns fatores que podem ser considerados ao avaliar se um funcionário deve ou não ser demitido. Acompanhe a seguir:

  • o colaborador deixa o ambiente de trabalho com um clima negativo — reclamações, intrigas e dificuldade de se relacionar podem gerar esse “peso” entre os colegas;
  • a produtividade está baixa, mesmo após conversas;
  • o funcionário não considera metas e objetivos da empresa como prioridade;
  • os colegas de trabalho fazem reclamações sobre comportamentos e atitudes.

Quando algum dos fatos mencionados acima ocorre e não há um ajuste do colaborador em relação às orientações do seu gestor, não há saída senão solicitar sua retirada. No entanto, é preciso ter sabedoria para conduzir a situação, já que não se trata de um momento desejado por ninguém.

Como demitir um funcionário da melhor maneira?

Não há uma forma fácil de demitir um funcionário, isso é um fato. Contudo, a experiência pode se tornar menos desconfortável para ambos se houver, principalmente, sensibilidade e segurança por parte do gestor. A seguir, confira algumas dicas para tornar o momento da demissão menos constrangedor.

Escolha o momento e o local ideal

É ideal que essa seja uma conversa particular. Certifique-se que você e o colaborador terão privacidade para dialogar, e que não serão interrompidos. Também, não funciona tratar desse assunto por telefone, e-mail ou mensagens de aplicativos de celular. Lembre-se de que o funcionário, por mais que esteja de saída, merece consideração.

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Seja educado, mas também direto

De maneira nenhuma seja ríspido nesse momento. A situação é delicada e exige tato, grosseria pode tornar tudo muito mais constrangedor e invasivo. Seja educado, escolha bem as palavras e, de preferência, pense no que vai falar antes da reunião. No entanto, não é preciso dar voltas para abordar o assunto. Dê o tom do diálogo logo no início, fazendo o funcionário entender que essa será uma conversa definitiva. Não fale demais e não caia em contradições.

Também, não é adequado dizer que ajudará o colaborador a encontrar outro emprego, pois pode soar falso. Entretanto, caso seja possível, uma carta de recomendação pode ser a confirmação de que a relação com a empresa terminou, mas que não há ressentimentos ou motivos para mágoas.

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Seja profissional, acima de tudo

Muitas vezes, os gestores criam laços de amizade com os colaboradores e podem acabar tendo um momento desastroso na hora da demissão, por colocar as relações pessoais em primeiro plano. É preciso ser profissional e saber separar as coisas, além de deixar isso claro ao funcionário. É preciso maturidade para que, após a demissão, a amizade prossiga.

Mantenha-se calmo

Controle as emoções, como ansiedade, raiva e tristeza. Deixar que o funcionário perceba o descontrole pode afetar na reação dele, que pode passar a ser imprevisível. Quanto mais calmo o gestor estiver, mais segurança passará para o trabalhador, que, por sua vez, tende a ficar mais controlado e menos confuso no decorrer da conversa.

Respeite a reação do funcionário

A reação de um colaborador diante de uma situação como essa é imprevisível, mesmo que ele já tenha recebido feedbacks negativos há algum tempo. Pode acontecer algum momento de choro, de desabafo ou uma reação equilibrada. É preciso ter em mente que é preciso respeitar o momento do funcionário.

Muitas coisas passam pela cabeça durante a conversa definitiva e também um turbilhão de sentimentos, como insegurança, sensação de impotência, raiva ou, até mesmo, alívio. As reações podem variar de acordo com a situação, apenas deixe que o colaborador tenha o momento de fala.

Comunique o restante da equipe

Após a demissão, é importante comunicar ao restante da equipe, de forma objetiva, que o ex-colega foi desligado de suas antigas funções, com o cuidado de não o expor. Isso evita que especulações sejam feitas e transmite a mensagem de que a gestão se importa em dar satisfações aos funcionários.

Dê a justificativa da demissão

Justificar um processo de demissão é uma atitude que sempre deve ser tomada. Isso serve para que o profissional demitido possa saber de onde se originou a falha e que eventualmente a corrija. Esse é o ponto mais importante, pois errar é humano e todos devem ter uma chance de não repetir os erros. Um comunicado nesses moldes ajuda o colaborador em sua carreira.

O que não deve ser feito no momento da demissão?

Você já conferiu algumas dicas para tornar o momento da demissão menos penoso, mas saber como não deve se portar também é importante, para se vigiar caso precise passar por essa situação.

Não planejar a demissão

Não planejar a reunião pode fazer com que a comunicação entre gestor e funcionário não ocorra da forma como deveria. Em cima da hora não haverá tempo para preparar uma fala, o que pode levar o colaborador a pensar que não há argumentos válidos para sua demissão ou que seu superior não é transparente. Assim, o momento pode se tornar mais desagradável do que já é.

Ser irracional

Deixar o lado emocional conduzir a conversa não é uma boa decisão. É preciso ser estratégico e resgatar feedbacks anteriores, para construir um argumento sólido que justifique a demissão. Lembre-se: o seu comportamento, acima de tudo, pautará o tom da conversa.

Não fazer avaliações periódicas

A demissão nunca deve ser uma surpresa. É preciso fazer avaliações periódicas, para dar ao colaborador feedbacks de como está o seu desempenho na empresa. Quando se chega ao ponto de optar por uma demissão, os feedbacks anteriores precisam indicar que, sem uma mudança de postura, a decisão seria inevitável. Os retornos também são importantes, para que o funcionário tenha a chance de reavaliar seu comportamento e buscar formas de melhorar o desempenho.

Não faça uma demissão surpresa

Ser surpreendido com uma demissão quando menos se espera pode gerar profundos traumas e ressentimentos. Portanto, isso deve ser evitado a todo custo. Para tanto, avisos e orientações podem ajudar na tentativa de corrigir o comportamento do profissional em questão. Caso ele mesmo não cumpra as determinações dadas, saberá de antemão o caminho que lhe espera.

Não assumir a decisão

Usar argumentos como “os superiores decidiram”, ou “se fosse apenas minha decisão” não ajudam no momento do desligamento. Mesmo que não tenha sido uma escolha do gestor direto daquele colaborador, é preciso escolher as colocações corretas para não colocar o peso da decisão em cima de terceiros.

Como você pôde entender neste conteúdo, saber como demitir um funcionário é uma tarefa árdua, mas inevitável para a maioria dos gestores. Neste post, você recebeu algumas dicas de como analisar se uma demissão é plausível e como demitir um funcionário de maneira menos desconfortável. Isso vale tanto para o gestor quanto para o colaborador em questão. Além disso, ainda viu dicas de como não agir em uma situação como essas.

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