
Por Fernando Mantovani
Alguma vez na vida, você já falou ou ouviu a frase ‘toma que o filho é seu’– que deixava bem claro de quem era a responsabilidade naquele momento. Porém, essa expressão tem estado mais presente no mundo corporativo do que o recomendado. E tem muito filho por aí ficando sem pai nem mãe. Isso afeta os prazos e resultados obtidos pela organização.
Responsabilidade no trabalho
A decisão colegiada adotada para algumas estruturas ao mesmo tempo que divide a responsabilidade também a delega para a “entidade” corporativa: “foi decisão da empresa fazer dessa forma”. Em outras situações, “foi a consultoria contratada que disse que é preciso adotar tal medida”. E dessa forma, vamos tocamos o dia a dia terceirizando a responsabilidade no trabalho sempre que possível.
Tal comportamento está com os dias contatos. Momentos de crise são ótimos para que as companhias olhem para dentro e identifiquem espaços para melhorias. Não fará mais parte de sua estrutura aqueles que tenham medo de assumir a responsabilidade para fazer o que é preciso.
As empresas demandam cada vez mais profissionais dispostos a assumir a maternidade ou paternidade de seus projetos e todas as consequências advindas daí.
* Fernando Mantovani é diretor de operação da Robert Half, empresa especializada em recrutamento e seleção. Este artigo foi publicado originalmente no blog Sua Carreira, Sua Gestão, da Exame.com.